Band Multi

Faturamento do comércio eletrônico tem alta de 19,5% em Campinas e região

Movimento financeiro foi de R$ 415,5 milhões em março

Rose Gugielminetti

Consumidores no Centro de Campinas após reabertura do comércio na pandemia
Consumidores no Centro de Campinas após reabertura do comércio na pandemia
Arquivo/Band

O e-commerce, na Região Metropolitana (RMC) de Campinas, registrou alta de 19,5%, em março de 2022, com faturamento de R$ 415,5 milhões, na comparação com março de 2021, quando a receita foi de R$ 347 milhões, de acordo com o departamento de economia da Acic (Associação Comercial e Industrial de Campinas).  

Já o aumento nas vendas físicas foi de 7,9%. Entraram para os lojistas R$ 1,9 bilhão, ante R$ 1,8 bilhão no mesmo  período do ano passado. 

Na categoria de “Bens Não Duráveis”, as vendas nos postos de combustíveis evoluíram em 9,15% em março deste ano, nos supermercados, em 7,85% e, nas drogarias e farmácias, em 4,8%.  Em relação aos “Bens Duráveis”, o comércio de materiais de construção expandiu em 4,1%, enquanto que o segmento de vestuário evoluiu em 1,05%, no mesmo período. Já no setor de Serviços, o Turismo e os Transportes cresceram em 1,75%, e, os Bares e Restaurantes, em 0,45%.

Campinas

O faturamento do comércio (vendas físicas) de Campinas cresceu 8,48%, em março de 2022, em relação a março de 2021, passando de R$ 763,1 milhões para R$ 827,8 milhões. 

 “Ainda sob o efeito de forte expansão do nível inflacionário, mesmo com a queda nas taxas de covid-19 devido ao aumento da vacinação em massa da população”, disse o o economista e diretor da Acic, Laerte Martins. Se comparado com fevereiro deste ano, houve queda de 13,91%. As compras à vista aumentaram 13,68% enquanto que as vendas a prazo cresceram apenas 4,43%, no mês. 

Para Laerte Martins, o varejo de Campinas e região apresentou uma evolução baixa nos números, principalmente quando comparado com os elevados dados das vendas ao consumidor final do final de dezembro de 2021, período que ainda estava sob o efeito da pandemia. “A expansão do PIB (Produto Interno Bruto) Nacional para 2022 não deve ultrapassar 1%, podendo se tornar negativo, dependendo da inflação dos atuais Indicadores Econômicos e, também, com os efeitos da guerra da Rússia com a Ucrânia. A previsão para os próximos meses de 2022, para o varejo de Campinas e Região, não é nada promissora, inclusive por ser um ano eleitoral e de muita instabilidade econômica nacional e mundial”, analisa o economista.

Inadimplência 

A boa notícia fica por conta da queda de 7,79% na inadimplência em Campinas, em março de 2022, em relação ao mesmo período do ano passado. No acumulado deste ano (janeiro a março) foram gerados cerca de 56.223 carnês/boletos, que não foram pagos, o que corresponde a R$ 40,3 milhões em valores de endividamento dos consumidores campineiros. Na comparação com o mesmo período do ano passado (primeiro trimestre), o recuo na inadimplência foi de 3,56%.

Na RMC, a inadimplência acompanhou Campinas, com saldo de 3,52%. Foram gerados em março 133.864 carnês/boletos não pagos, o equivalente a R$ 96,4 milhões em endividamento. A avaliação é do departamento de Economia da Associação Comercial e Industrial de Campinas, a partir de dados da Boa Vista - SCPC.

Tópicos relacionados