O Centro de Controle de Zoonoses (CCZ) de Piracicaba (SP) registrou o terceiro caso de raiva em morcego em 2024. O animal foi encontrado morto nesta semana, em uma calçada na rua das Piracanjubas, no bairro Jupiá, sem informação de contato humano ou com animais.
Segundo a bióloga do CCZ Regina Lex Engel, os morcegos urbanos não são agressivos, mas eles podem morder para se defender quando se sentem ameaçados. “Quando estão caídos no chão podem estar doentes, já que não têm o hábito de ficar no solo. Nessas condições, podem contaminar, acidentalmente, tanto cães e gatos, como humanos, pois estão expostos a qualquer tipo de contato”, alertou.
Por se alimentarem de insetos, os morcegos da da família molossidae e espécie Nyctinomops laticaudatus, têm um papel ecológico extremamente importante, fazendo o controle de insetos no ambiente. Esse é o único animal da família que pode coletar até 500 mosquitos por hora, em pleno voo. Eles são protegidos por lei e não devem ser feridos.
Outros casos
Outros dois casos de raiva em morcego foram registrados na cidade em 2024, sendo um em janeiro, na região central, e um em fevereiro, no Dois Córregos, ambos de hábitos insetívoros. Em 2023, foram cinco casos positivos de morcegos com raiva.
A prefeitura alerta às pessoas que, caso encontrem morcegos caídos – vivos ou mortos – que entrem em contato com o CCZ para orientações e procedimentos. O Centro funciona de segunda à sexta-feira, das 7h às 16h, e aos sábados, das 7h às 13h. O telefone é 3427-2400. Para informações sobre vacinação, o telefone do Departamento de Bem Esta Animal (DBEA) é (19) 3427-2721.
Vacina contra raiva
Os tutores de cães e gatos também devem estar atentos à vacinação antirrábica anual dos animais, pois é a única maneira de se prevenir contra essa doença que é letal e não tem cura.
Em nota, a Secretaria de Saúde reforça que mantém a vacinação antirrábica para cães e gatos – contactantes com morcegos – em posto permanente na sede do CCZ durante o ano todo.
Além disso, o CCZ está devidamente preparado para realizar ações de bloqueio necessárias em caso de surgimento de algum caso confirmado para a doença em animais, conforme preconiza orientações do Ministério da Saúde e Governo do Estado de São Paulo, o que não ocorre neste momento.
