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Embaer divulga balanço com prejuízo de R$ 3,6 bilhões em 2020

Empresa teve queda no despacho de aeronaves

Redação Band Vale

Empresa decediu não publicar estimativas financeiras e de para 2021, devido incerteza da pandemia Divulgação/ Embraer
Empresa decediu não publicar estimativas financeiras e de para 2021, devido incerteza da pandemia
Divulgação/ Embraer

A Embraer divulgou nesta sexta-feira, 19, o valor obtido na receita total no ano de 2020, sendo de R$ 19 bilhões e 641 milhões, um valor 10% menor do que registrado no ano anterior. 

O resultado que consolida todas as atividades de aviação comercial, executiva, defesa e serviços da companhia gerou um prejuízo de R$ 3,6 bilhões, um número 174,5% maior do que as perdas de 2019. 

As receitas e despesas foram impactadas pela apreciação média de 30% do dólar em relação ao real no período, enquanto a forte redução no volume de entregas de aeronaves ocorreu principalmente em razão da pandemia da Covid-19, que continua afetando o mundo e as viagens aéreas comerciais. 

No ano passado, a empresa despachou 130 aeronaves (44 comerciais e 86 executivas), uma queda de 34% em comparação com 2019. O maior impacto ocorreu na aviação comercial, com queda de 51%. A aviação executiva teve redução de 21% das entregas em relação ao ano anterior.

Já os resultados financeiros do quarto trimestre de 2020, interromperam uma sequência de trimestres negativos, gerando uma receita de R$ 9 bilhões e 812 milhões, 14% superior ao mesmo período de 2019, principalmente em razão do efeito do câmbio. No período foram entregues 28 jatos comerciais e 43 executivos (volumes 20% e 6,5%, respectivamente, menores que no último trimestre de 2019).

O prejuízo reportado nos últimos três meses do ano em R$ 7 milhões e 700 mil, abaixo do prejuízo de R$ 867 milhões e 800 mil do último trimestre de 2019, foi limitado pela mudança no nível de entrega de aeronaves em relação aos nove primeiros meses de 2020, somada às ações de reestruturação da companhia para contenção dos custos e resultados mais favoráveis das áreas de defesa e serviços.

Caixa

No ano de 2020, a Companhia apresentou um uso livre de caixa ajustado de R$ 4 bilhões e 757 milhões, um aumento de 996% quando comparado ao uso livre de caixa ajustado de R$ 434 milhões e 600 milhões de 2019. Esse efeito negativo, revertido parcialmente no último trimestre, ocorreu devido principalmente aos impactos da pandemia da Covid-19 na indústria, levando a receitas mais baixas, em especial na Aviação Comercial e Serviços & Suporte, bem como reduções no fluxo de caixa livre do capital de giro decorrente de estoques mais altos e contas a pagar mais baixas.

Apesar desses indicadores, a liquidez da Companhia permanece sólida e fechou 2020 com um caixa de R$ 14 bilhões e 300 milhões, acima dos R$ 11 bilhões e 200 milhões de 2019. Já a dívida líquida ao final do ano estava em R$ 8 bilhões e 800 milhões. Ao final de 2019 era R$ 2 bilhões e 468 milhões.

Devido à incerteza relacionada à pandemia da Covid-19 e seus impactos na indústria, a Companhia decidiu por não publicar, nesse momento, suas estimativas financeiras e de entregas para 2021.

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