O processo que solicitava a demolição de casas na Vila Sahy, foi extinto nessa semana, em São Sebastião. A Justiça aceitou o pedido do Governo do Estado de São Paulo para retirar a ação judicial que pleiteava a demolição das casas, no bairro que foi atingido pelas chuvas em fevereiro 2023.
O processo trata-se de uma ação de natureza coletiva, cuja parte autora requereu a desistência, justificando que as ações estão sendo executadas na Vila Sahy em conversa com a população atingida. Na decisão, o Juiz Vitor Hugo Aquino de Oliveira relatou que a Associação de Moradores da Vila Sahy concordou com o pedido de desistência do Estado.
No fim de dezembro, o Tribunal de Justiça autorizou a demolição parcial de casas na Vila Sahy, em São Sebastião, após pedido de tutela cautelar antecedente proposta pelo Estado de São Paulo. De acordo com o pedido, após a tragédia ocorrida na Vila Sahy, tinha sido constatado, que a área de risco é maior do que estimavam.
Em janeiro, o Governo Estadual de São Paulo divulgou que pediu à Justiça a retirada da ação judicial e que a decisão atendia os pedidos de moradores da comunidade. O acordo para a desistência do processo judicial havia sido anunciado pelo governador Tarcísio de Freitas em uma reunião realizada com os moradores da Vila Sahy.
No documento enviado à Justiça, a Companhia de Desenvolvimento Habitacional e Urbano (CDHU) afirmou considerar a construção de uma solução concreta para a recuperação da área e a proteção das famílias, por meio de um projeto de urbanização que atenda às necessidades da comunidade sem a necessidade de intervenção judicial.
A Vila Sahy foi o epicentro da tragédia que atingiu a cidade em fevereiro de 2023, quando um temporal devastador atingiu o litoral norte de São Paulo, deixando 64 mortos e milhares de desabrigados em São Sebastião.