Nesta sexta-feira (1º) ocorreu a segunda fase da operação EQUIDNA, da Polícia Federal, que deverá aprofundar as investigações em torno de irregularidades no contrato de gestão celebrado entre a Prefeitura de Piquete e uma organização social.
Nesta fase da operação são cumpridos um mandado de busca e apreensão e medidas de constrição patrimonial em desfavor da ex-prefeita municipal de Piquete, mandatária no período de 2013 a 2020.
Segundo a PF, foram verificados indícios de que a entidade foi contratada para gerir a saúde municipal entre os anos de 2014 a 2019, porém não tinha recursos humanos e materiais para suportar o objeto contratado, passando a realizar a quarteirização ilícita de suas atividades, em contratos com empresas pertencentes aos próprios dirigentes da organização, ou sem objeto específico.
As investigações apontam indícios de que agentes públicos do município eram coniventes com o expediente ilegítimo. Cabe mencionar que irregularidades no contrato de gestão da mesma organização social com a Prefeitura de Guarujá/SP deram origem à OPERAÇÃO NÁCAR, que gerou a prisão do prefeito daquele município em setembro de 2021.
Durante as buscas os policiais arrecadaram a quantia de R$ 35 mil em espécie e um veículo de luxo. Se confirmadas as suspeitas, os investigados poderão responder por peculato, fraude a licitações e associação criminosa, cujas penas, abstratamente cominadas, ultrapassam 19 anos de reclusão.