O setor industrial de Taubaté recuperou neste ano o volume de empregos perdidos com o fim da produção na Ford e na LG segundo as informações divulgadas pelo Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e região neste terça-feira (29).
Antes da onda de desligamentos, o município contava com 18.231 pessoas no setor. O número de trabalhadores na indústria chegou a cair para 17.290 após a saída das empresas em 2021. Segundo o último balanço do Caged (Cadastro Geral de Empregados e Desempregados), relativo a junho, a cidade soma 18.427 trabalhadores.
A Ford anunciou em janeiro de 2021 que encerraria a produção no Brasil. Em abril, a LG também decidiu transferir as atividades do município. Os funcionários e o Sindmetau (Sindicato dos Metalúrgicos de Taubaté e Região) tentaram reverter a decisão das empresas. Mas os desligamentos acabaram ocorrendo ao longo de 2021, após acordos de indenização.
Impacto negativo
Com isso, a cidade registrou um saldo negativo de 816 vagas no setor ao final daquele ano, entre admissões e demissões. O encerramento de duas grandes produções teve impacto no nível de emprego. Taubaté encerrou 2021 com 17.290 trabalhadores ativos nas indústrias. A recuperação teve início em 2022, mas em ritmo lento. O saldo de empregos fechou o ano positivo em 255 vagas, número ainda insuficiente para recuperar o patamar anterior.
Agora, em 2023, o número de carteiras assinadas voltou a crescer de forma consistente. A indústria registrou saldo positivo em todos os meses do ano e está com saldo de 882 postos de trabalho. O resultado é quase 3,5 vezes maior do que no ano passado inteiro. Com isso, o nível de emprego no setor subiu para 18.427 trabalhadores, superando o que a cidade registrava antes do fechamento da Ford e LG (confira no infográfico em anexo).
Setor conta com novos produtos, contratos e fábricas
De acordo com o Sindicato, a Volkswagen, principal indústria da cidade, iniciou um novo ciclo de investimentos com a produção do Polo Track. A linha de montagem também deve receber um novo SUV compacto a partir de 2025.
A Alstom retomou as atividades em Taubaté, com produção de trens para atender os metrôs das cidades de São Paulo, Taipé (Taiwan) e Bucareste (Romênia). Outra fábrica em expansão é a OneSubsea, que conquistou novos contratos para equipamentos e estruturas submarinas.
As perspectivas de médio prazo também são positivas. A CSN (Companhia Siderúrgica Nacional) está em processo de instalação da Prada, divisão de embalagens do grupo, na antiga fábrica da Ford.
Já a Embraer anunciou recentemente que irá produzir o carro voador da empresa em Taubaté. O chamado eVTOL é um modelo de aeronave elétrica de decolagem e pouso vertical para transporte urbano.