Turma da Mônica: Lições, uma continuação carregada de nostalgia

Um filme para aqueles que acreditam na amizade

Gabrielly Messias - Equipe BANDx

Divulgação Maurício de Sousa Produções; Paris Filmes
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Maurício de Sousa Produções; Paris Filmes

Quando somos crianças, o mundo à nossa frente brilha como algo novo que ganhamos. Há uma explosão de sentimentos que percorrem o corpo em meio a sensação de excitação. Alegria, expectativa, às vezes decepção e choro. Mas posso garantir que mesmo chorando, não houve nenhuma decepção. 

“Turma da Mônica: Lições” me fez sentir uma criança novamente. A mesma criança que, quando ganhava uma HQ ou até mesmo o Sansão da Mônica, se sentia tão feliz e realizada apenas por poder ler a magia das palavras de Mauricio de Sousa. Cada gesto, cada palavra que conversava comigo em meio a inúmeras histórias; histórias que me faziam desejar ser parte da turminha. E, mesmo depois de tanto tempo, esse desejo permanece. 

Ao adentrar naquela sala de cinema, eu estava com muita expectativa, afinal, “Turma da Mônica: Laços” (2019) já tinha feito esta que vos fala derramar lágrimas de felicidade. Uma criança novamente. Como era gostoso estar ali, vendo uma amiga numa grande tela de cinema correndo atrás daquele menino que sempre a irritava com seus “planos infalíveis”. 

Confesso que, naquela época, tive receio, porque carregava a sensação que a famosa frase: “infância arruinada” traz consigo. Já havia presenciado inúmeras adaptações que fizeram muitos fãs falarem essa frase, sobretudo quando um desenho ou história em quadrinho vai para uma tela de cinema. No entanto, coloquei em minha cabeça que Turma da Mônica foi um dia para mim quando eu era criança, mas é também para as crianças de hoje. O mundo mudou e ninguém é mais o que era no passado. 

Assim, confiei; afinal, O Pequeno Príncipe já nos ensinava “Só se vê bem com o coração, o essencial é invisível aos olhos” (Antoine de Saint-Exupéry). Então, ao ver o primeiro longa da turminha, fui de coração aberto. Sentada com minha irmã, pensei: “é agora” e como o “agora” foi incrível. Ao ver a primeira cena da Mônica, como sempre, correndo atrás do Cascão e do Cebolinha me fez chorar e bater palmas até cansar. Era real. Eram meus amigos naquela tela, em carne e osso. Meu coração se debulhou em emoções, a criança adormecida dentro de mim havia acordado e se concretizado.

Mais tarde, chegou a fatídica notícia que fariam outro filme. O coração pulou de felicidade novamente. E ainda mais, haveriam outros personagens! Que emoção! Perdi a conta de quantas vezes pedi ao meu namorado para me acompanhar à sala de cinema para se emocionar comigo. Claro, mesmo gostando, houve certa relutância por parte dele – afinal, “era um filme para crianças”. Contudo, quando se ama alguém, fazemos de tudo para ver essa pessoa sorrir. Assim, lá estávamos nós na sala de cinema. 

O filme começou e, como esperado, meu coração se sentiu quentinho novamente. A cada personagem que aparecia, eu pulava na cadeira de emoção. A turminha estava crescendo. Foi uma experiência única novamente. Nada tirava o sorriso do meu rosto, exceto, obviamente, as cenas em que os amigos tiveram que se separar. Era como uma parte de mim que via o mesmo crescimento que eles estavam passando.

O ambiente igualmente me ajudava a me sentir imersa. Com crianças nas poltronas ao lado, sua inocência fazia ainda mais o filme se tornar uma peça inesquecível. E o mais surpreendente foi meu namorado rir com as inocências e brincadeiras do filme. Foi um “ganhar na loteria”. Não havia ninguém que não tivesse gostado do longa, que não tivesse voltado a ser criança.

 A atuação das crianças continuou impecável; acrescento aos novos atores que entraram para essa jornada: Vinícius Higo, que deu vida ao icônico Do Contra, roubou a cena várias vezes, mesmo quando não estava em destaque. Com leveza, carisma e naturalidade, o pequeno ator me fez enxergar o DC dos quadrinhos. Suas cenas me fizeram rir demasiado, além claro de suas “do contrisces” excepcionais. As participações do Mauricio de Sousa me fizeram ainda mais feliz. Sonho até hoje em conhecê-lo e agradecer por me dar amigos tão importantes na minha vida. Ele foi e é uma das pessoas que mais me inspiram a seguir meus sonhos e ver ele realizando o dele é algo que as palavras não conseguem expressar. 

Sem mais, “Turma da Mônica: Lições” é um filme para todos aqueles que ainda acreditam na amizade, no amor e, principalmente, na turminha que cresceu conosco; que dividiram nossos medos, nossos sorrisos, nossas primeiras amizades e que, mesmo depois de tanto tempo, não nos deixou. 

Se você ainda acredita nisso, assista o novo filme da turminha, garanto que você não vai se arrepender. Ah! Não vou dar spoiler, mas tem uma cena final que é de arrepiar....

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