Falas fortes, críticas e promessas marcaram o debate político na Band Minas, com a presença dos candidatos ao governo mineiro Alexandre Kalil (PSD), Lorene Figueiredo (PSOL), Carlos Viana (PL) e Marcus Pestana (PSDB).
A maratona eleitoral, promovida nesse domingo pela Band Minas, não contou apenas com a presença do atual chefe do executivo estadual e candidato do Novo ao Governo do estado, Romeu Zema, que desistiu da participação no debate menos de uma hora para o início do evento, alegando indisposição.
Mediada pela jornalista Adriana Araújo, a conversa entre os políticos abordou temas relativos à segurança, educação, meio ambiente, transporte e economia.
Já no primeiro bloco, o candidato Carlos Viana, do PL, questionou Alexandre Kalil, do PDT, sobre as questões de segurança no estado. Kalil afirmou que para tratar a situação da segurança "Minas precisa de gente presente".
Na mesma rodada de perguntas, o candidato Marcus Pestana, do PSDB trouxe o cenário da mineração em Minas Gerais. Lorene Figueiredo, do PSOL, garantiu que a mineração na Serra do Curral é crime e que, caso eleita, irá proibir a atividade no local.
Após um breve intervalo, já no segundo bloco do debate, Lorene retoma a fala, tratando o aumento da miséria e da violência, principalmente contra a mulher no estado. A candidata afirmou ainda que o legado do governo Zema é a fome de mais de 4 milhões e meio de mineiros.
A fala que marcou a segunda fase da maratona eleitoral, defendida por todos os candidatos presentes, foi a "ausência" no Governo de Romeu Zema.
O terceiro bloco já teve uma ênfase maior no cenário de Minas frente à pandemia. Pestana explicou que "faltou diálogo, parceria e ciência" e que mais de 500 mil vidas poderiam ter sido salvas se a conduta do Estado tivesse sido diferente.
Kalil ainda criticou as concessões em Minas, defendendo que há pressa e falta de estudo na realização dessas privatizações, além de, segundo o pedetista, não existir quem as fiscalize. Além disso, o candidato ainda alegou que o DER, o Departamento de Estradas de Rodagem de Minas Gerais está sucateado.
A fala do ex-prefeito belo-horizontino foi contestada por Carlos Viana, que afirmou que as concessões rodoviárias realizadas no estado durante o governo do PT apresentam diversas falhas.
O quarto bloco, encerrando a troca de perguntas e respostas entre os candidatos, trouxe a discussão acerca da dívida pública e o fim de políticas de saúde no estado, o qual o Marcus Pestana confessou não concordar ou sequer compreender.
Kalil divulgou que o Governo vai entregar R$58 bilhões de reais a mais de dívida corrente, mais que o dobro do que o estado devia antes do mandato de Romeu Zema.
A fala foi sustentada pela candidata do PSOL, que afirmou que Minas ainda é o segundo estado mais rico do Brasil "apesar" de Zema. Viana completou alegando que o Novo é um "partido de milionários".
*Sob supervisão de Laryssa Campos