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A rápida disseminação do novo coronavírus impacta bolsa de valores

Da Redação

A rápida disseminação do novo coronavírus a partir da China para mais de dez países nos últimos dias levou as bolsas de valores na Europa, Ásia, Estados Unidos e Brasil a operarem em queda no início desta semana.

A reação, segundo analistas financeiros, é causada por investidores preocupados com a propagação do vírus.

Ativos seguros, como ouro e títulos do governo, apresentaram alta demanda por receio de queda nos valores de empresas.

As ações relacionadas a viagens, como de companhias aéreas, cassinos e hotéis, são as mais atingidas em Wall Street, em Nova York.

Alguns exemplos são quedas sofridas pela United Airlines e American Airlines, assim como Wynn Resorts, Melco Resorts e Las Vegas Sands.

O economista Daniel Poit, consultor de mercado e professor Universidade Tecnológica Federal do Paraná, afirma que, inicialmente, os setores de turismo e eventos são afetados pela lógica de rendimentos, por sofrerem impacto imediato com a queda no movimento de pessoas.

Entre outros setores afetados está o de tecnologia.

Apple, Microsoft, Alphabet e Amazon.com, por exemplo, tiveram queda.

Na Europa, além dos citados, também o setor de artigos de luxo sofre com o temor dos investidores.

A China ampliou o feriado do Ano Novo Lunar para evitar circulação de pessoas pelo país.

Com a ampliação do feriado, as principais bolsas do país informaram que o mercado retomará as negociações somente em 3 de fevereiro.

Agências de turismo de Pequim, na China, estão proibidas de realizar excursões com destino ao exterior por causa do surto de coronavírus no país.

O brasileiro Charles Putz pegou um voo de Shangai para Londres.

No momento em que conversava com a BandNews FM, ele havia acabado de desembarcar do avião e contou que os passageiros não foram examinados.

Charles passou um mês na China.

Ele diz que, após a disseminação do coronavírus, os chineses passaram a evitar comidas cruas e deixaram de comer fora de casa.

Hoje, a Organização Mundial da Saúde passou a classificar como “elevado” o risco internacional de contaminação.