A CPI da Covid ouve hoje o ex-presidente da Pfizer no Brasil e atual gerente geral da empresa na América Latina, Carlos Murillo. Ele comandava a representação brasileira da empresa farmacêutica norte-americana quando se iniciaram as negociações com o governo brasileiro para a compra de vacinas contra o coronavírus ainda no passado.
Membros da CPI acreditam que, se o governo tivesse aderido à proposta da Pfizer já em setembro de 2020, muitas vidas poderiam ter sido salvas pela vacinação antecipada.
Ontem, em depoimento à CPI, o ex-secretário de Comunicação Social do governo, Fabio Wajngarten, confirmou que o contato da Pfizer com autoridades brasileiras ocorreu em setembro por meio de uma carta oficial e ficou pelo menos dois meses sem resposta. O depoimento, que durou cerca de oito horas, foi marcado por muito bate-boca e até pedido de prisão de Wajngarten, após senadores acusarem o ex-secretário de mentir nas suas declarações.
Antes nessa semana, a CPI ouviu diretor-presidente da Anvisa, Antonio Barra Torres. Em depoimento, ele afirmou que não vê relação entre as declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre a China e as dificuldades que o Brasil vem tendo para obter o Ingrediente Farmacêutico Ativo de vacinas. Antonio Barra Torres depõe na CPI da Pandemia nesta terça-feira (11).