A defesa do motorista do Porsche que causou o acidente que matou um homem e feriu outro no fim de março, em São Paulo, entrou com pedido de liberdade no Superior Tribunal de Justiça, em Brasília. O empresário Fernando Sastre de Andrade Filho é procurado desde sábado e é considerado foragido, já que a prisão dele foi decretada pelo Tribunal de Justiça de São Paulo na última sexta (3).
A defesa alega que não vê descumprimento das medidas cautelares impostas anteriormente e que o pedido de prisão “atende o clamor criado pela mídia”.
No fim de semana, o advogado do condutor do Porsche afirmou que o cliente vai se entregar, mas apenas com a garantia de que Sastre será levado para um presídio considerado “seguro” para sua integridade física.
O motorista do carro de luxo se tornou réu por homicídio doloso qualificado e lesão corporal gravíssima, ambos na modalidade por dolo eventual. As penas, somadas, podem ultrapassar os 30 anos de prisão, caso ele seja condenado.
O acidente
Fernando Sastre de Andrade Filho causou a morte do motorista de aplicativo Ornaldo da Silva Viana, ao bater na traseira do carro dele em 31 de março.
A promotora Monique Ratton sustentou em denúncia que o empresário consumiu álcool antes de dirigir e causar o acidente. Em entrevista à TV Globo e gravada antes da prisão decretada, Fernando disse “só ter bebido água”.
Fernando Sastre de Andrade Filho também deu a versão dele a respeito da ida da mãe dele, Daniela Cristina de Medeiros Andrade. Ele afirma que permaneceram no local por mais de 1h e que, depois em casa, teve um descontrole que exigiu o uso de medicação.
De acordo com a perícia, o Porsche 911 de Fernando estava a 114 km/h o momento da batida. O automóvel chegou a alcançar 156 km/h numa avenida da Zona Leste de São Paulo que tem um limite regulamentar de 50 km/h.
Fernando Sastre de Andrade Filho afirmou que não tinha percebido que estava na velocidade apontada pela perícia.
Marcus Vinicius Machado Rocha, que estava no carro de luxo com Fernando, teve alta após voltar a ser internado em São Paulo. Segundo informações da defesa de Marcus Vinicius, o motivo da internação foi uma complicação decorrente da cirurgia de retirada do baço.
Em depoimento, ele contrariou a versão do empresário ao dizer que o amigo tinha consumido bebida alcoólica antes de dirigir naquela noite.
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