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Entenda o motivo de Rishi Sunak antecipar as eleições no Reino Unido

Eleições em julho desse ano são tentativa de tentar emplacar dados econômicos positivos, diz o professor Leonardo Trevisan

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O primeiro-ministro do Reino Unido, Rishi Sunak, anunciou nesta quarta-feira (22) que convocou eleições-gerais para o parlamento do país para o dia 4 de julho. Por mais que o público britânico já estivesse esperando por novas eleições, surpreendeu a data daqui a menos de dois meses, sendo que o pleito poderia escolher qualquer data até janeiro de 2025.

Segundo o professor de Relações Internacionais da ESPM, Leonardo Trevisan, a medida é uma tentativa do premiê de conseguir alguma vantagem na disputa. As projeções mostram que o Partido Trabalhista, rival dos conservadores de Sunak, é o favorito da eleição. 

Pela primeira vez em três anos, a inflação na Inglaterra chegou perto de 2%, ficando em 2.3% Isso é para ele a grande força se nós olharmos para os dados mais recentes.

“Se nós olharmos para os dados mais recentes da economia inglesa, nós vamos ter uma melhor ideia da grande preocupação dos britânicos com a sua economia. Não é só um problema de inflação, é um problema de crescimento econômico e ele alcança, principalmente o erro do Brexit, o erro de deixaram a União Europeia. A Inglaterra hoje via diariamente uma recessão de crise econômica com como não viu neste século em nenhum momento,”, completou o professor. 

A Inglaterra entrou oficialmente no estado de recessão em 2023, após o PIB do país apresentar queda nos dois últimos trimestres do ano. O Reino Unido reverteu o quadro no primeiro trimestre de 2024, com um crescimento de 0.6%, mas as preocupações com a economia continuam. 

Apesar dos dados positivos recentes, Sunak é hoje considerado um azarão na disputa contra o trabalhista Keir Starmer. Exemplo são os resultados das eleições locais realizadas no início do ano. 

“Se nós olharmos os resultados das eleições locais tanto em Londres como nas maiores cidades, a surra que os conservadores levaram é histórica. Eles perderam todas as grandes cidades inglesas: Manchester, Liverpool Leeds, Sheffield, até há sempre conservadora Birmingham. É sinal de que sem dúvidas  de que a maré vai mudar na Inglaterra”, afirmou Trevisan.

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