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Evento de moda promove reconexão entre quem veste e quem faz roupa

Semana Fashion Revolution 2024 acontece entre os dias 15 e 24 de abril, em 25 estados brasileiros

Taya Nicaccio

Evento de moda promove reconexão entre quem veste e quem faz roupa
Evento de moda promove reconexão entre quem veste e quem faz roupa
Fashion Revolution/Divulgação

Já se perguntou quem fez suas roupas? Em comemoração aos dez anos do maior movimento de ativismo da moda do mundo, a Semana Fashion Revolution 2024 (SFR), que incentiva a reconexão entre quem veste e quem faz através da campanha global "Quem Fez Minhas Roupas", terá dez dias de revolução e ações coletivas promovidas por ativistas, designers, acadêmicos e outros revolucionários da moda.

As ações começaram nesta segunda-feira (15) e seguem até 24 de abril em 25 estados brasileiros.

Inspirado no trabalho e nas iniciativas da comunidade global de ativistas da moda, a campanha deste ano terá o tema "Como Revolucionar a Moda". O objetivo é debater e pensar a moda de maneira sistêmica, destacando e problematizando as intersecções do setor com as questões climáticas, raciais e de gênero.

Para a coordenadora de mobilização do movimento Fashion Revolution Brasil e da SFRBR,  Marina de Luca, a Semana Fashion Revolution permite atuar como ativista de forma mais coletiva, seja como ouvinte ou participando na prática das oficinas.

"Quando provocamos as marcas nas redes sociais para responderem à pergunta #QuemFezMinhasRoupas?, contato o nome, a história e o rosto de quem produziu nossas roupas, estamos na verdade, convidando as marcas a serem mais transparentes", explicou a coordenadora em entrevista à BandNews FM.

"Além de celebrar as pessoas que estão por trás das nossas roupas, a gente também consegue de forma coletiva entender quais são essas condições de trabalho, como está sendo a distribuição de renda da indústria da moda", complementa.

Essa foi a premissa para a criação do movimento pela designer britânica Carry Somers ao lado da estilista italiana Orsola de Castro, em 2014. A ideia surgiu após o desabamento do edifício Rana Plaza, em Daca, Bangladesh, que abrigava confecções de roupas de grandes marcas globais, deixando milhares de vítimas. 

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