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Adriana Araújo se emociona com relato de mulher PCD desrespeitada: "Inaceitável"

Âncora do Entre Nós mostrou solidariedade a Aline Castro, professora universitária que sofreu descaso ao pegar um voo; comissário silenciou a passageira e negou assento a acompanhante

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A âncora do Entre Nós, Adriana Araújo, se emocionou na tarde desta segunda-feira (29) após a veiculação de uma reportagem que expôs o desrespeito de um comissário de bordo da Latam Airlines com Aline Castro, professora universitária que sofreu descaso ao pegar um voo.

Na ocasião, Aline precisou aguardar 30 minutos após o fim do embarque de um voo que sairia de Brasília com destino a Belo Horizonte, em Minas gerais. Após o fim do embarque, a professora tentou se dirigir ao seu assento e explicou aos profissionais de bordo a sua necessidade de viajar na janela, já que, por conta da sua condição física, a parede da aeronave seria utilizada para apoiar sua cabeça.

"Ele me falou que somente a minha poltrona seria realocada e que eu teria que viajar longe da minha acompanhante. Falei a ele que ele estava infringindo uma lei, uma vez que consta que a acompanhante deve viajar ao lado da pessoa com deficiência. Ele falou que era só colocar o cinto de contenção que eu conseguiria fazer essa viagem. E eu explicava a ele, dezenas de vezes, sobre a minha deficiência, que eu não consigo sentar numa poltrona de avião", explicou.

Sua acompanhante, que também é sua mãe, lhe auxilia com o apoio do pescoço, já que a condição de Aline faz com que seu pescoço não tenha força o suficiente para sustentar sua cabeça.

Adriana pontuou que o erro começou logo no início, já que Aline não deveria ter esperado todo o embarque para ingressar na aeronave, mas sim deveria ter sido a primeira a entrar no avião.

"Todo mundo embarcou e ele esperou meia hora. Depois de meia hora, quando ela tenta explicar que precisa da mãe dela, que dá um suporte para que a cabeça dela possa ser amparada numa situação de voo e ela é silenciada. Mas aqui no Entre Nós, a Aline não é silenciada. Pelo contrário, todas as pessoas, assim como a Aline, que vivem uma situação parecida, tem o direito de contar como elas se sentiram", analisou.

A mãe de Aline também deu seu depoimento e afirmou que fica com o "coração na mão" em cada viagem que a filha realiza, pois sabe que alguma situação de constrangimento irá acontecer.

A âncora Adriana Araújo, por sua vez, se emocionou com os relatos da situação: "Eu me emociono para falar desse assunto. Eu sei o que a mãe da Aline sente quando diz que fica com o coração na mão; É muito triste ter um filho com deficiência e olhar que ele recebe com os desafios é o olhar do problema. A sociedade pede que a pessoa com deficiência seja invisível. Felizmente a Aline não é invisível, para mim nunca será. Todas as vezes que isso acontecer, a minha voz vai ser usada para combater. É inaceitável que as pessoas com deficiência vivam isso".