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Lewandowski diz que fuga de Mossoró foi última do sistema penitenciário federal

Ministro da Justiça esclareceu nesta terça-feira (16) várias polêmicas levantadas por parlamentares de oposição em audiência na Comissão de Segurança Pública da Câmara dos Deputados

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Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski
Ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski
Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil

O ministro da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Lewandowiski, afirma que fugas como a dos detentos do presídio de Mossoró, no Rio Grande do Norte, ocorrida em fevereiro deste ano, não vão mais acontecer no sistema penitenciário federal. 

Durante uma audiência na Comissão de Segurança da Câmara dos Deputados nesta terça-feira (16), que durou cerca de quatro horas, o ministro foi questionado pelos parlamentares e admitiu que se surpreendeu com o episódio.

Lewandowiski afirmou que houve falhas cometidas no local, como relaxamento da vigilância e quebra dos protocolos, mas que o presídio tem um projeto obsoleto e que, talvez, os padrões de segurança na época da construção não são tão rigorosos como os atuais. 

Outro ponto que Lewandowiski falou foi a suspeita de que os dois detentos tiveram ajuda de facções criminosas durante a fuga.

Ele também foi questionado sobre o veto presidencial no projeto que trata das saídas temporárias dos presos e defendeu que o artigo vetado pelo presidente Lula contrariava princípios constitucionais. 

Lewandowiski lembrou que o chefe do executivo sancionou 90% do projeto, mesmo discordando sobre a eficácia dos exames criminológicos para a progressão de regime que, para o ministro, são caros e acabam fazendo com que a progressão de regime seja mais demorada que o razoável.

Ao ser questionado sobre a redução no orçamento, o ministro afirmou que os cortes feitos pelo governo federal são "drásticos" e, por isso, continua negociando com a equipe econômica para evitar um impacto ainda maior nas ações de segurança.