O ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, disse nesta quinta-feira (11) que não vai responder aos ataques feitos pelo presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, que o chamou de desafeto pessoal e incompetente.
Lira participou de uma feira agropecuária em Londrina, no interior do Paraná, quando foi questionado sobre a votação que manteve a prisão do deputado Chiquinho Brazão, suspeito de ser o mandante do assassinato da vereadora Marielle Franco.
O presidente da Câmara afirmou que a notícia de que teria trabalhado para rejeitar a manutenção da prisão do parlamentar, teria sido vazada pelo governo, mais especificamente por Padilha.
Lira afirmou que sempre deixou claro que a votação foi de cunho individual de cada parlamentar, o que acabou confirmando que Chiquinho Brazão continuasse preso.
Mesmo assim, afirmou ser lamentável que integrantes do governo continuem plantando o que chamou de "mentiras e notícias falsas" e que isso dificulta na relação entre os Poderes.
O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco, disse que trabalha pelo bom relacionamento entre o Parlamento e o Palácio do Planalto, e discordou de Arthur Lira.
"Temos que evitar esses problemas, né? O Brasil já tem muitos problemas. Precisamos buscar sempre as convergências. Ninguém é perfeito, mas ninguém também é tão mau assim", disse.
Minutos depois da declaração de Lira, Padilha publicou um video na internet em que mostra o presidente Luiz Inácio Lula da Silva elogiando o ministro.
Lula afirmou que Padilha está há muito tempo no cargo e vai continuar por muito tempo pela competência que tem. Na legenda do vídeo, o ministro afirmou que ouvir elogio do "maior líder político da história do Brasil é sempre uma honra".