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Lula se encontra com Xi Jinping e assina 15 acordos de cooperação com a China

Documentos visam parceria na produção tecnológica, no comércio e na comunicação

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Após a reunião o Lula afirmou que “ninguém vai impedir a aproximação entre as duas nações"
Após a reunião o Lula afirmou que “ninguém vai impedir a aproximação entre as duas nações"
Foto: Divulgação

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou, nesta sexta-feira (14), 15 acordos comerciais e de parceria com a China. Os principais pontos abordam a cooperação para a produção de tecnologia, além da troca de conteúdos de comunicação e a colaboração no comércio.

Um dos acordos prevê mudanças no protocolo para a exportação de carne bovina para a China. A partir de agora, o Brasil, que é o maior fornecedor do produto para os chineses, terá novas obrigações na fiscalização dos frigoríficos locais.

No início de março, um caso atípico de “Vaca Louca” foi confirmado no interior do Pará e, por isso, diversos países suspenderam a importação de carne vinda do Brasil.

O governo Lula encerou a viagem ao país asiático destacando as perspectivas de investimentos dos chineses na infraestrutura e na indústria brasileira.

Após a reunião com o presidente chinês Xi Jinping, o petista afirmou que “ninguém vai impedir a aproximação entre as duas nações” e destacou também reuniões com empresários locais. Segundo a presidência, a China deve emprestar cerca de R$ 6 bilhões para projetos brasileiros.

Outro ponto importante no encontro foi a pauta ambiental. Lula cobrou que a China se comprometa a reduzir a emissão de gases poluentes e adote a transição energética para uma matriz de produção mais limpa.

Luiz Inácio Lula da Silva agradeceu também o apoio do país asiático à eleição da ex-presidente Dilma Rousseff como presidente do Banco do Brics, grupo composto por Brasil, China, Rússia, Índia e África do Sul, que tem como sede a cidade de Xangai.

De acordo com a imprensa local, durante a reunião fechada entre os líderes, Xi Jinping e Lula falaram sobre a necessidade de negociação para o encerramento da Guerra na Ucrânia. A China, assim como o Brasil, se manteve neutra no conflito e, por ser a principal aliada russa, é vista como decisiva para o fim do embate.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou com a imprensa após o último compromisso oficial em Pequim e ressaltou a importância da retomada das tratativas para ampliação da participação chinesa em empreendimentos brasileiros.

A geração de empregos em projetos de infraestrutura e na indústria no Brasil foi um dos temas das reuniões dos representantes brasileiros com os chineses.

Haddad destacou que o movimento de reindustrialização pode render frutos no médio e longo prazo com a criação de novos postos de trabalho, e também elencou projetos que já estão no horizonte.

Com o fim dos compromissos oficiais na China, Lula embarca na manhã deste sábado (15) para os Emirados Árabes Unidos, onde cumpre agenda nos próximos dias.

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