A colunista Mônica Bergamo, da BandNews FM, teve acesso nesta quarta-feira (24) sobre o despacho do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que trata da investigação da Corte sobre a ida do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) à Embaixada da Hungria em 12 de fevereiro deste ano. A data coincide com a operação da Polícia Federal que apreendeu o passaporte do político.
Em uma curta decisão, o ministro da Suprema Corte menciona a reportagem do New York Times, que informou em primeira mão a presença e hospedagem do ex-presidente nas instalações húngaras, e explica que Bolsonaro não violou as medidas de restrição impostas - como a de não sair do país - já que "os locais das missões diplomáticas [...] não são considerados extensão de território estrangeiro, razão pela qual não se vislumbra, neste caso, qualquer violação a medida cautelar de 'proibição de se ausentar do País'".
Moraes ainda pontua que não há elementos concretos que possam indicar que o investigado, o ex-presidente, pretendia a obtenção de asilo diplomático para sair do Brasil, de modo a prejudicar as investigações.
Entenda o caso
No dia 8 de fevereiro, a Polícia Federal deflagrou a Operação Tempus Veritatis para apurar uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito, para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente Jair Bolsonaro no poder.
Em contato com o repórter Túlio Amâncio, da TV Bandeirantes, o ex-presidente Jair Bolsonaro confirmou que esteve na embaixada da Hungria em fevereiro deste ano e reforçou ter o "direito de ir e vir" e afirmou que mantém relação com países de afinidade ideológica.
Tópicos relacionados
- facebook
- twitter
- whatsapp