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PT oficializa pré-candidatura da chapa Lula-Alckmin

Evento reuniu militantes, apoiadores, políticos de esquerda, artistas e intelectuais em SP

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Ex-presidente Lula
Ex-presidente Lula
Foto: Reprodução PT

Um evento em São Paulo, realizado neste sábado (07), marcou o lançamento da primeira chapa na corrida pelo Palácio do Planalto. Com a união de PT e PSB, além de outras legendas, os nomes do ex-presidente Lula (PT) e do ex-governador Geraldo Alckmin (PSB) foram oficializado como pré-candidatos à Presidência e vice, respectivamente. 

Alckmin enviou ao evento um vídeo de quinze minutos. O ex-governador paulista foi diagnosticado com Covid-19 e não pôde participar de forma presencial; ele disse estar bem, e associou os sintomas leves às vacinas e aproveitou para enaltecer os trabalhadores do SUS. A fala do ex-tucano frisou que ele e Lula foram adversários históricos, sim, mas que o momento político atual pedia união.

“Nenhuma divergência do passado, nenhuma diferença do presente, nem as disputas de ontem nem as eventuais discordâncias de hoje ou amanhã. Nada, absolutamente nada servira de razão, desculpa ou pretexto para que eu deixe de apoiar ou defender com toda a minha convicção a volta de Lula à presidência do Brasil”, pontuou.  

Geraldo Alckmin prometeu um governo democrático; disse ainda que uma das metas é resguardar a diversidade do meio-ambiente, estimular o empreendedorismo e uma relação justa entre trabalhadores e empresários. Ele disse que será um parceiro leal e convocou forças políticas que trabalham pelo que ele chamou de "uma mudança" e fez duras críticas ao governo Jair Bolsonaro.

O ex-presidente Lula falou em seguida e exaltou ter conseguido unir o que chamou de "todas as forças progressistas" em torno de uma mesma campanha presidencial. Em um discurso lido, o petista bateu na tecla do respeito à soberania do Brasil. Lula fez acenos a comunidades indígenas e às militâncias negra e LGBT.  

O presidenciável também criticou Jair Bolsonaro, se solidarizou com as famílias dos mais de 600 mil mortos por Covid e citou a fome como um dos principais males do país hoje.  

Lula disse que foi vítima de perseguição jurídica, mas afirmou que não tem desejo de vingança. “O grave momento que o país atravessa, um dos mais graves da nossa história, nos obriga a superar eventuais divergências para construirmos juntos uma via alternativa à incompetência e ao autoritarismo que nos governo”, justificou.

Coerência

Buscar coerência nos discursos de Lula e Alckmin era a ideia do evento, avalia o colunista da BandNews FM Fernando Schuler. Os apelos a programas e medidas tomadas nas antigas gestões de Lula, no entanto, pode ser um problema durante a campanha.

“Ninguém que ficar ouvindo o que um governo fez. Todos os governos fazem coisas, o marketing dos governo mostra isso. Mostrar realização de governo não é exatamente uma coisa emocionante. Eu diria que a manchete poderia ser ‘um lançamento sem surpresa’”, avaliou o cientista político.

A disputa em números

No levantamento, Lula (PT) aparece com 44%; Jair Bolsonaro (PL): 31%; Ciro Gomes (PDT): 8%; João Doria (PSDB): 3%; André Janones (Avante): 2%; Simone Tebet (MDB): 1%; Luiz Felipe D'Avila: 1%; Vera Lúcia, do PSTU, Eymael e Luciano Bivar, do União Brasil, não chegaram a 1%.

A pesquisa ouviu por telefone mil eleitores e tem margem de erro de 3,2 pontos percentuais para mais ou para menos.

Debate da Band

A Band realiza no dia 14 de agosto o debate entre os candidatos à Presidência da República. Uma semana antes, no dia 7, acontece o encontro entre os candidatos aos governos estaduais, ambos com transmissão simultânea da BandNews FM.