Na coluna desta sexta-feira (23), Reinaldo Azevedo repercute as informações divulgadas pelo jornal O Estado de São Paulo sobre uma possível ameaça de golpe vinda diretamente do Ministro da Defesa. Segundo o jornal, o presidente da Câmara, Arthur Lira (Progressistas-AL), teria recebido uma mensagem do ministro Walter Braga Netto no último dia 8 de julho. O general teria pedido para um interlocutor comunicar “a quem interessasse” que se não houvesse voto impresso e auditável – pauta amplamente defendida por bolsonaristas – não haveria eleições em 2022. Ao dar o aviso, o ministro estaria apoiado pelos chefes militares do Exército, da Marinha e da Aeronáutica.
Após a repercussão da publicação, Arthur Lira reafirmou que haverá eleições presidenciais no ano que vem, através do voto “popular, secreto e soberano”. Já Braga Netto refutou o jornal e disse “não se comunicar com os Presidentes dos Poderes, por meio de interlocutores”. Segundo ele, a reportagem se trata de uma “desinformação que gera instabilidade entre os Poderes da República, em um momento que exige a união nacional”.
Coincidência ou não, o presidente Jair Bolsonaro repetiu ameaça semelhante diante de seus apoiadores na entrada do Palácio do Planalto, também no dia 8 de julho: “Ou fazemos eleições limpas no Brasil ou não temos eleições”.
Retrocesso de 30 anos
O âncora do programa “O É da Coisa” destaca que, até o mandato de Bolsonaro, havia se passado mais de trinta anos de eleições diretas no Brasil, sem que “ninguém tivesse questionado coisa nenhuma sobre haver ou não haver a disputa”. Para o jornalista, o atual líder do Planalto, em apenas dois anos e meio de governo, conseguiu fazer com o que o país retrocedesse três décadas, uma das razões pelas quais, segundo o âncora, “Jair Bolsonaro tem de ser afastado do poder pelas leis e responder na justiça por seus crimes”.
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