O Ministério da Defesa da Rússia afirmou nesta quarta-feira (13) que mais de mil militares ucranianos se renderam na cidade de Mariupol, no sul da Ucrânia.
A região portuária é um ponto estratégico e virou um símbolo do conflito entre os dois países. O Ministério da Defesa da Ucrânia nega qualquer rendição por parte dos seus soldados. Nos últimos dias, no entanto, os ucranianos afirmaram que estavam ficando sem munição para manter a resistência na cidade.
Mariupol pode ser a primeira grande cidade ucraniana a ser controlada pelas tropas de Vladimir Putin desde o início da guerra.
A cidade portuária é importante ponto de passagem para mercadorias no Mar de Azov e significaria uma ligação território entre a Crimeia, anexada pelos russos em 2014, e a região do Donbass, dominada por separatistas russos.
Também nesta quarta-feira, a Ucrânia afirmou que não terá corredores humanitários para auxiliar na retirada de civis das áreas afetadas pela guerra. Em pronunciamento, a vice-primeira-ministra ucraniana, Iryna Vereschuk, acusou as tropas russas de violar o cessar-fogo e bloquear os ônibus destinados para a saída dos moradores.
FÓSFORO BRANCO
Em um discurso no parlamento da Estônia na manhã desta quarta-feira (13), Volodymyr Zelensky, presidente da Ucrânia, afirmou que a Rússia usou uma bomba de fósforo branco contra civis.
O armamento é proibido pela ONU desde o ano de 1997 para ser usado como bomba.
Ele pode ser utilizado como artifício de iluminação por queimar rápido, gerando luz. Assim, as tropas devem criar uma linha com o fósforo e incendiar para que a fumaça seja uma distração, mas não como munição.
Mas o fósforo branco pode causar queimaduras até nos ossos humanos e podem reacender através deles mesmos, uma vez que o fogo entra em contato com o oxigênio.
