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Sheila Magalhães sobre aluno morto por bullying em SP: "Falhamos como sociedade"

Âncora da BandNews FM falou sobre a morte de Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra, de 13 anos de idade, que denunciou ao pai seguidos episódios de bullying na escola

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Aluno é vítima de Bullying, na Praia Grande-SP
Aluno é vítima de Bullying, na Praia Grande-SP
Reprodução/Redes Sociais

A ânora Sheila Magalhães, da BandNews FM, comentou durante a manhã desta sexta-feira (19) sobre o caso de bullying que culminou na morte de Carlos Teixeira Gomes Ferreira Nazarra, de 13 anos de idade, na cidade de Praia Grande, litoral de São Paulo.

De acordo com a jornalista, o pai da criança - Julysses Nazarra - já havia externado que ia a escola do filho todas as vezes em que o menor relatava ter sofrido agressões na escola, mas as denúncias não surtiam efeito. Em uma das vezes, Julysses solicitou uma reunião com os pais dos outros estudantes [agressores] e não houve resposta da escola. Depois disso, disse que chegou a dar um spray de pimenta para que o filho pudesse fugir dos agressores.

"Olha o desespero que chega essa situação, em que ninguém faz absolutamente nada na escola. Quando vi essa história e vi o vídeo... É muito forte", disse a âncora.

Médicos especialistas afirmaram que, a partir do que há de dados sobre a morte do menino indicam que o excesso de peso nas costas, durante as agressões, pode ter levado a um trauma que causaram lesões. Essas lesões podem ter provocado fratura ou esmagamento na vértebra, na coluna cervical e na costela. Caso a vítima tivesse com alguma dessas lesões, poderia estar furando o pulmão, dificultando a respiração e causando uma secreção no local, o que culminaria numa infecção pulmonar - como indica o laudo após a morte de Carlos Teixeira.

"Quando vi os vídeos ontem, do Julysses, das duas agressões, do menino chorando, fiquei com a sensação de que quando uma criança morre vítima de uma agressão, morre vítima de uma violência dentro ou fora de casa, ou por falta de atendimento médico adequado - porque ele passou por três unidades e foi liberado -, quando isso acontece nós morremos um pouco como sociedade. A gente falha como sociedade quando uma criança morre nessas circunstâncias", finalizou.

Pai de Carlos fala sobre o caso

Recentemente, o pai da criança - Julysses Nazarra - concedeu uma entrevista ao programa Brasil Urgente, da TV Bandeirantes, e relatou que seu filho teria sofrido a primeira agressão ainda em março, quando foi agredido por três colegas na escola. "A subdiretora disse que ele caiu da escada, mas meu filho desmentiu e disse que apanhou de três garotos. Eu pedi reunião com os pais, a subdiretora negou. Depois dessa agressão ele ficou cabisbaixo e não falou mais nada”, explicou.

No dia nove de abril, ocorreu a última agressão e a que teria culminado na morte de Carlos. "Ele chegou com a coluna torta em casa, com dor, febre e muita falta de ar. Pedi providências para os diretores e o diretor Sidney disse que ‘eles eram crianças e se entendem’, a subdiretora achava que eu era inconveniente", disse Julysses.

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