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SP: Greve de motoristas deixa 1,5 milhão de passageiros sem ônibus

Tribunal Regional do Trabalho marca reunião sobre o dissídio da categoria para a tarde desta quarta (29)

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Greve de motoristas deixa 1,5 milhão de passageiros sem ônibus
Greve de motoristas deixa 1,5 milhão de passageiros sem ônibus
Foto: Renan Sukevicius

Cerca de 1,5 milhão de paulistanos são afetados pela greve de motoristas e cobradores de ônibus, que cruzaram os braços nesta quarta-feira (29). A paralisação atinge 675 linhas e 6008 veículos estão sem circular pelas ruas de São Paulo.

As linhas que atendem os bairros seguem funcionando, mas os coletivos que fazem a ligação com o Centro da cidade estão parados. Com isso, metrô e trens estão com movimento acima do normal, segundo relatam passageiros.

A greve foi definida em assembleia nesta terça-feira (28) após a categoria não ter chegado a um acordo com os patrões para o horário de almoço remunerado, a Participação nos Lucros e Resultados e plano de carreira. Há duas semanas, após uma paralisação que durou cerca de 15 horas, os motoristas e cobrados conseguiram um reajuste salarial e no vale refeição de 12,47%.

O Tribunal Regional do Trabalho marcou para às 15h o julgamento do dissídio da categoria. O desembargador Davi Furtado Meirelles vai reunir o Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo e os trabalhadores na sede do TRT. Às 16h, os motoristas e cobradores marcaram uma assembleia para deliberar sobre a continuação ou não da greve.

O magistrado deve cobrar a circulação mínima de 80% da frota nos horários de pico, já que uma liminar prevê a cobrança de multa de R$ 50 mil para cada dia de descumprimento da medida. A categoria deveria manter nas ruas cerca de 60% dos coletivos nos outros horários.

A Prefeitura de São Paulo já solicitou o aumento da multa pelo descumprimento da decisão.

Em entrevista nesta manhã de quarta-feira (29), o prefeito Ricardo Nunes criticou a greve e disse que a categoria agiu de maneira irresponsável e desproporcional com a decretação da greve. Sobre um possível aumento na passagem para bancar as reivindicações da categoria, o político disse que a chance de um reajuste na tarifa é de 50%.

Com conta da greve nesta quarta-feira (29), a Prefeitura de São Paulo suspendeu o rodízio de veículos, permitiu o uso de faixas exclusivas para ônibus, mas manteve a Zona Azul e a restrição para fretados.

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