Voz de veludo e musa da Tropicália: Gal Costa é reverenciada pelo mundo

Imprensa internacional repercute morte da cantora de 77 anos; presidente de Portugal publicou nota em homenagem

Rádio BandNews FM

A morte da cantora Gal Costa nesta quarta-feira (09) é destaque na imprensa internacional. No maior jornal americano, o New York Times, a brasileira é descrita como um espírito inovativo da Tropicália, com voz flexível e uma carreira de mais de 50 anos. A voz de veludo é destaque no Publico, de Portugal.

Aos 77 anos, Gal morreu em casa em São Paulo. A família não divulgou a causa da morte e um velório público será realizado na sexta-feira (11) na Assembleia Legislativa de São Paulo. A cantora tinha uma turnê marcada para os Estados Unidos e Londres no primeiro trimestre do próximo ano.

Afastada dos palcos para se recuperar de uma cirurgia de retirada de um nódulo na fossa nasal direita, Gal planejava voltar aos palcos no início de dezembro. O último show foi em setembro, na capital paulista, durante o festival Coala. O jornal britânico The Guardian afirmou que a cantora é uma das mais influentes do Brasil.

Nos argentinos Clarin e no La Nacion, as reportagens sobre Gal Costa estão entre as mais lidas da editoria de cultura. Os jornais destacam a brasileira como uma musa do Tropicalismo e a parceria com Gilberto Gil e Caetano Veloso. Em 1970, juntos com Maria Bethânia, formavam o grupo Doces Bárbaros.

As parcerias de Gal também foram rememoradas pelo presidente de Portugal, Marcelo Rebelo de Sousa. Em nota publicada no site da Presidência portuguesa, ele presta homenagens à família de Gal e afirma que a cantora “construiu uma das obras mais ricas e diversas da música popular brasileira, gravando dezenas de discos de estúdio e ao vivo, cantando Ary Barroso e Tom Jobim, colaborando com Chico Buarque e Tom Zé, entre muitos outros”.

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