O concurso de admissão da Polícia Militar, realizado no último fim de semana, teve registro de tiroteio, nove presos e até candidatos eliminados pelo uso de celulares durante o exame.
Em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, um dos participantes chegou a gravar um vídeo dentro de um dos locais de aplicação. Nas imagens, alguns candidatos aparecem em pé e conversando, enquanto outros seguem fazendo a prova.
Segundo a Fundação Getúlio Vargas, que é responsável pela organização do concurso, o episódio ocorreu em um CIEP de Gramacho durante um tiroteio em uma comunidade próxima. A FGV alega que a prova precisou ser paralisada por 40 minutos e, neste momento, alguns candidatos violaram os envelopes que lacravam os celulares e fizeram imagens.
De acordo com a fundação, os participantes que descumpriram as regras foram identificados e serão eliminados. Os resultados também vão ser monitorados para garantir que não houve favorecimento dos 216 candidatos que fizeram a prova na unidade.
No entando, o advogado criminalista Fernando Viggiano acredita que apenas eliminação dos candidatos flagrados com celular não é suficiente para garantir a isonomia da seleção.
A FGV alega que a situação foi rapidamente contornada semr prejuízo à seleção ou qualquer vazamento de informações durante as provas.
Ao todo, quase 118 mil pessoas realizaram o exame em 184 locais de aplicação. Nove inscritos que eram foragidos da Justiça foram presos pela Polícia Militar.
O concurso foi retomado neste domingo (7), depois que todo o processo foi anulado por suspeita de fraude. Em agosto do ano passado, candidatos relataram o uso de celulares durante as provas e alguns chegaram a tirar foto dentro do local de aplicação com o exame em mãos.