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Desemprego sobe e chega a 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024

Apesar da alta, o resultado ainda está abaixo daquele registrado no mesmo período do ano passado

Por João Videira (sob supervisão)

Taxa de desemprego vai a 7,8%
Taxa de desemprego vai a 7,8%
Arquivo/Agência Brasil

O desemprego sobe e chega a 7,8% no trimestre encerrado em fevereiro de 2024 na comparação com os três meses imediatamente anteriores. Apesar da alta, o resultado ainda está abaixo daquele registrado no mesmo período do ano passado.

Segundo a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, divulgada pelo IBGE nesta quinta-feira (28), o número de desocupados ficou em 8,5 milhões. O crescimento é de 4,1% no contingente de pessoas pressionando o mercado.  

Pelo lado da ocupação, a tendência é oposta. O indicador não teve variação significativa e registrou estabilidade, com 100,2 milhões de brasileiros empregados. O instituto avalia que a geração de vagas formais impediu uma queda maior na ocupação.

Dessa forma, o IBGE acredita que a alta no número de desempregados se deve ao aumento da procura por trabalho.  

O porcentual de pessoas ocupadas em idade apta ao trabalho ficou em estimado em 57,1%, um recuo de 0,3 ponto porcentual.  

Nesta quarta-feira (27), o Ministério do Trabalho divulgou que a economia brasileira criou 306.111 postos de trabalho com carteira assinada em fevereiro de 2024.  

O rendimento habitual de todos os trabalhos ficou em R$ 3.110. A alta trimestral foi de 1,1%. Já a massa de rendimento habitual atingiu um novo recorde da série histórica do IBGE. Ela ficou em R$ 307,3 bilhões.  

A coordenadora de Trabalho e Rendimento do IBGE, Adriana Beringuy, destaca que, apesar da sazonalidade, o rendimento e a ocupação marcaram a divulgação desta quinta-feira (28).

Temos a sazonalidade que é esperada, mas embutida nela está o crescimento da taxa de desocupação. Percebemos a manutenção do crescimento do trabalho formal, como também do próprio rendimento, afirma ela.

Para o economista-chefe do Banco Master, Paulo Gala, o resultado mostra o aquecimento do mercado de trabalho e que possíveis impactos na inflação poderão ser observados.

É um fato que a economia está crescendo mais, que o mercado de trabalho está mais aquecido, que a geração de empregos está maior do que se imaginava, que o desemprego deve caminhar e que isso deve ter uma pressão em preços e salários, acredita ele.

O número de pessoas desalentadas chegou a 3,7 milhões. O resultado representa uma alta de 8,7% na comparação trimestral.

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