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Gerente de agência bancária é detida por integrar quadrilha de estelionatários

Os investigadores apuraram que só uma vítima teve um prejuízo de mais de R$ 700 mil

Por Thuany Dossares

A ação tinha o objetivo de cumprir seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão
A ação tinha o objetivo de cumprir seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão
Reprodução/Polícia Civil

A gerente de um banco está entre as seis pessoas presas na Operação Fake Phoenix, da Polícia Civil, realizada para desarticular uma quadrilha de estelionatários que contratavam financiamentos em nome de terceiros, sem o conhecimento das vítimas. Uma pessoa chegou a ter um prejuízo de mais de R$ 700 mil. 

A ação, que aconteceu nesta terça-feira (25), tinha o objetivo de cumprir seis mandados de prisão e 12 de busca e apreensão. 

As investigações da Delegacia de Itaguaí (50ª DP) apontam que a associação criminosa usava a empresa de fachada Phoenix Assessoria e Consultoria para atrair pessoas físicas e jurídicas que precisavam de ajuda para fazer empréstimos e financiamentos, porque tinham problemas financeiros. 

Mas, segundo o delegado Marcos Santana Gomes, depois que conseguiam os dados dos clientes, os funcionários da empresa passavam essas informações a Érika da Silva Beta, gerente do banco Santander em Madureira, na Zona Norte do Rio. Ele afirma que ela fazia os pedidos para as operações bancárias, sem que as vítimas soubessem.

O escritório da empresa ficava no prédio comercial de um dos principais shoppings da Zona Norte do Rio. Segundo a Polícia, a ideia dos golpistas era passar uma sensação de legalidade, para conquistar a confiança das vítimas. 

Ainda de acordo com o delegado Marcos Santana, quem caía no golpe só se dava conta meses depois, quando recebia a carta do banco com a cobrança. 

Os investigadores descobriram que, além da cidade do Rio, a associação criminosa também fez vítimas nos municípios de Niterói e de Barra Mansa. Todos os alvos da operação foram presos pela Polícia Civil, incluindo o dono da empresa, Hitler da Silva Ângelo, apontado como o chefe do bando. 

Procurado, o Santander disse que coopera com a Polícia e que possui sistemas eficazes para identificar eventuais desvios de conduta.

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