Os hospitais federais do Rio devem passar por mudanças estruturais em uma ação de intervenção do Ministério da Saúde na gestão das unidades de saúde. A medida ocorre diante de relatos sobre a precariedade nos serviços prestados.
O atual secretário de Atenção Especializada à Saúde, Helvécio Magalhães, deve ser o responsável por implementar, com poder de gestão, as mudanças estruturais.
Segundo apurou a BandNews FM, o secretário do ministério será designado para chefiar uma cúpula que vai deliberar sobre as questões da saúde do Rio. À BandNews FM, o Ministério da Saúde afirmou que o Comitê irá coordenar as ações para o funcionamento adequado das unidades e o atendimento de qualidade para a população. A medida vale por 30 dias, que podem ser prorrogados.
De acordo com a pasta, os trabalhos já começaram nesta segunda-feira (18). O comitê ainda terá a composição de representantes do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH), além de assessorias, coordenações e secretarias do Ministério da Saúde.
Entre os ajustes que devem ser feitos, estão alterações nas atribuições do Departamento de Gestão Hospitalar (DGH). Atualmente chefiado por Alexandre Telles, indicado pelo deputado federal Dimas Gadelha (PT-RJ), o departamento perdeu força por uma portaria do Ministério da Saúde em dezembro de 2022.
A medida delega às diretorias dos hospitais a articulação junto ao departamento de logística do ministério para aquisição de insumos básicos.
Antes, as compras passavam por um maior pente-fino do departamento de gestão.
A reportagem da BandNews FM mostrou que a falta de insumos em três dos hospitais da União no Rio causou a interrupção de cirurgias.
Para o secretário da Saúde do Município do Rio, Daniel Soranz, a terceirização de recursos era prejudicial para o sistema de saúde federal instalado no Rio.
Parte do processo de reestruturação da rede hospitalar federal já começou. Na última quarta-feira (13), o secretário de Atenção Especializada à Saúde assinou um edital para a contratação de até 479 médicos para atender o que chamou de "necessidade temporária" de atuação nos hospitais federais do Rio.
Em nota, o Ministério da Saúde afirmou que a pasta centralizou os processos de aquisição dos medicamentos e insumos e de contratação de obras de todos os hospitais federais e destacou algumas ações para a reconstrução e fortalecimento dos hospitais.