O Ministério Público do Rio abriu uma investigação para apurar a morte do adolescente Thiago Flausino, de 13 anos, durante uma operação polícia militar, na Cidade de Deus, Zona Oeste do Rio.  

Segundo a família do adolescente, Thiago foi atingido por disparos de policiais militares que o executaram quando ele já estava caído no chão. O tio da vítima, Hamilton Menezes, afirma ainda que os PMs alteraram a cena do crime e pede acesso às imagens da câmera de segurança do local onde o adolescente morreu. 

De acordo com a PM, agentes do Batalhão de Choque realizavam patrulhamento na região, quando dois homens em uma motocicleta atiraram contra os policiais. Houve confronto. Após o tiroteio, o adolescente foi encontrado atingido e não resistiu aos ferimentos.  

O caso é investigado pela Delegacia de Homicídios da capital. Os agentes estão analisando imagens e buscam imagens de outras câmeras instaladas na região. As armas dos policiais militares envolvidos na ação foram apreendidas e vão passar perícia.  

O comando da PM disse que instaurou um procedimento apuratório para averiguar as circunstâncias do episódio e informou que colabora com as investigações da Polícia Civil.

Com a morte de Thiago, a Cidade de Deus registra a oitava morte em decorrência de operação policial só este ano. Os dados são do Instituto Fogo Cruzado. Ainda de acordo com o órgão, a comuniade lidera o lista de áreas mais afetadas por tiroteios em ações policiais na Região Metropolitana.

O sentimento é de exaustão para quem convive com essa situação.

Na madrugada desta terça-feira (08), os moradores presenciaram mais um dia de guerra na região, novos confrontos foram registrados após uma manifestação pela morte Thiago.

Em vídeos publicados na internet, uma família, com idosos e um bebê de colo, aparece dentro de casa, desesperada com o cheiro de gás de pimenta.

Sobre o uso do gás de pimenta, o Comando do Batalhão de Polícia de Choque informou que instaurou um procedimento apuratório para analisar a conduta dos policiais.