Almejando se candidatar à presidência, Sérgio Moro classifica a mudança no comando da Petrobras, a pedido de Jair Bolsonaro, como uma cortina de fumaça. A crítica foi feita na tarde desta terça-feira (29), durante agenda na Associação Comercial do Rio de Janeiro.
Bolsonaro indicou Adriano Pires, especialista em óleo e gás, para substituir o general Joaquim Silva e Luna, por estar insatisfeito com a alta nos combustíveis.
O ex-juiz questionou o que o futuro presidente poderia fazer de diferente para que o preço dos combustíveis abaixasse.
Sérgio Moro chegou a ser aliado de Bolsonaro no início do governo, ocupando o cargo de ministro da Justiça. Mas após o presidente interferir na Polícia Federal, Moro decidiu rachar com a gestão.
Agora cotado para disputar a corrida eleitoral pela Presidência da República, Moro se classifica como um candidato de centro. Ele se coloca como uma terceira via entre os extremos de Bolsonaro e o ex-presidente Lula. Moro acredita que a eleição de um deles dois seria a pior opção para o Brasil.
O ex-juiz ficou popularmente conhecido por julgar a Lava-Jato e condenar Lula. Podendo agora tê-lo como adversário político, Moro ironiza as antigas ações do possível candidato do PT.
Moro ainda afirmou em seu discurso que, caso eleito, pretende privatizar todas as estatais, incluindo a Petrobras, e que os pilares da sua gestão serão o combate à corrupção e o investimento em educação e saúde.