O Ministério Público do Rio classifica como ''estarrecedora'' a listagem de estabelecimentos em áreas dominadas pela milícia de Luís Antônio da Silva Braga, conhecido como ''Zinho'', que sofrem com a cobrança de taxas pelos criminosos. A BandNews FM teve acesso ao documento de interceptação de conversas entre integrantes do grupo paramilitar.
Paulo Maique da Silva Vitório, vulgo ''Maike''', além de ser o responsável pelo pagamento de propinas a órgãos públicos, também recolheu as taxas cobradas aos comerciantes e donos de estabelecimentos.
Os maiores valores são pagos por donos de postos de combustíveis da bandeira Petrobras e Shell, tabelados na faixa de R$ 500,00. Uma fábrica de telha é taxada em R$ 400,00 por mês, enquanto um estabelecimento de concreto precisa pagar R$ 350,00 mensalmente.
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Outros comércios, como bares, empresas de fornecimento de gás, oficinas, ferros-velhos, barbearia, esmalterias, depósitos e padarias pagam entre R$ 10,00 e R$ 250,00. As cobranças costumam ser semanais.
Para o MP, todos os estabelecimentos comerciais que atuam na área dominada pela milícia de Zinho são obrigados a pagar taxas para simplesmente manterem o estabelecimento ativo.
*Estagiário sob supervisão de Luanna Bernardes