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Belo se emociona em primeira entrevista após prisão: "É crime cantar?"

Da Redação, com Melhor da Tarde

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O jornalista Leo Dias entrevistou o cantor Belo pela primeira vez após a prisão devido a um show realizado no Complexo da Maré, no fim de semana de Carnaval. No programa desta sexta-feira, 26, o Melhor da Tarde exibiu trechos da reportagem, cedidas pelo jornalista. Na conversa, Belo fala sobre o momento da prisão. 

"Eu estava dando uma entrevista na casa do Rodrigo Faro com a minha esposa e com a família dele: a Vera Biel, filhos e tudo mais. No meio da entrevista, tomei um choque. Eu lembro que estava tomando uma água e chegaram os policias falando que eu tinha que acompanhar devido a [um mandado de] prisão”, lembrou.  

“Nesse momento, eu falei: ‘O que eu fiz? O que está acontecendo?’. Ali desmoronou a minha vida, passou um filme na minha cabeça. Eu me senti muito envergonhado, eu me senti extremamente constrangido porque eu não sabia o motivo. O que eu fiz? [Fui preso] porque eu fui cantar em algum lugar? Para mim, isso foi horrível”, completou. 

Segundo Belo, a partir desse momento ele tentou entender o motivo da prisão e pediu para sua mulher Gracyanne Barbosa ligar para os advogados, para o escritório e para o pessoal técnico. “Eu queria saber realmente o que estava acontecendo. É crime cantar? Qual foi o crime que eu cometi?”, questionou o cantor.  

Mamma Bruschetta relembrou que Belo já foi preso anteriormente e, por isso, ainda é atormentado por fantasmas do passado. “Infelizmente, a gente vive numa sociedade que, caso você cometa um erro, como ele comentou no passado, você vai sempre estar com uma espada na cabeça”, disse a colunista. 

“Eu entendo que ele é uma pessoa que está cheia de dívidas, tem contas para pagar e ele tem que trabalhar. Ele ficou quase um ano parado por conta da pandemia. Por isso eu acho que ele tem que trabalhar e está tudo certo”, completou Mamma. 

Entenda o caso

O cantor Belo foi preso no inquérito que apura a realização de um show no Complexo da Maré, na zona norte da capital fluminense, no dia 17 de fevereiro. A apresentação contou com a presença de milhares de pessoas em meio à pandemia do coronavírus.

O artista foi solto após a Justiça do Rio de Janeiro aceitar um pedido de habeas corpus da defesa dele. O cantor vai responder pelos crimes de epidemia, infração de medida sanitária, invasão de prédio público e organização criminosa. 

O desembargador Milton Fernandes de Souza, do Tribunal de Justiça, concedeu a liminar alegando que a representação da Polícia Civil pela prisão só aconteceu quatro dias após o evento e que o próprio Ministério Público deu parecer afirmando que não havia urgência para a decretação de prisão preventiva pelo Plantão Judiciário.

O magistrado finalizou a decisão dizendo que o juízo natural irá apreciar a questão com mais elementos. A Polícia Civil investiga se o chefe do tráfico de drogas da comunidade autorizou a invasão do colégio.

O evento foi realizado no interior de uma escola estadual na favela Parque União, no dia 12, e não teve autorização da Secretaria Estadual de Educação. Segundo o delegado Gustavo Castro, responsável pelo caso, o evento foi custeado pelo tráfico de drogas local. As salas de aula foram usadas como camarotes.

Belo prestou depoimento na Delegacia de Combate às Drogas logo após a prisão. Na saída da unidade, Belo afirmou que não sabia o que fez de errado já que só estava trabalhando. A Polícia Civil cumpriu outros três mandados de prisão preventiva, além de cinco de busca e apreensão

Uma das buscas foi realizada na sede da produtora Série Gold, organizadora do evento, também em Angra dos Reis. Além do artista, dois produtores do evento também foram presos.

Durante a ação, a Justiça decretou o bloqueio das contas bancárias dos investigados. O chefe do tráfico do Parque União, Jorge Luiz Moura Barbosa, o Alvarenga, também alvo da operação, segue foragido. 

Na casa de Belo, na Barra da Tijuca, na zona oeste do Rio de Janeiro, os agentes apreenderam duas armas com os registros vencidos, R$ 40 mil, além de euros e dólares, também em espécie.

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