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Damares Alves sobre audiência de Mariana Ferrer: “Quantas mulheres assistiram ao vídeo e agora terão medo de denunciar?”

Da redação, com Melhor Agora

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Damares Alves, ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos
Agência Brasil

Na noite desta segunda-feira, 09, Mariana Godoy recebeu no ‘Melhor Agora’, em conversa via videoconferência, a ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, para falar sobre o julgamento da acusação de estupro contra a influenciadora digital Mariana Ferrer. A ministra repudiou o ocorrido, disse que o Brasil tem, sim, magistrados comprometidos e pediu para que as mulheres, vítimas de violência física ou sexual, não deixem de denunciar.


“Quantas mulheres assistiram ao vídeo e, agora, terão medo de denunciar? Quero passar é que aquilo é uma exceção, temos magistrados comprometidos. Não tenham medo, denunciem, temos um magistrado que acolhe”, disse.


Apesar do caso ter ganho destaque na última semana, após o ‘The Intercept’ divulgar trechos da audiência, a pasta já acompanhava Mariana desde 2019, segundo Damares. “Há um ano o Ministério acompanha o processo dela, temos limitações judiciais e tão logo a sentença foi proferida, nós tomamos providências. Essa semana, o Ministério acionou a OAB para entender o que aconteceu naquela audiência”, explicou. Segundo Damares, o caso de Mariana Ferrer, agora, ganha outra proporção dentro da pasta, inclusive. “O episódio da audiência leva a outro patamar, o que aconteceu ali não deveria ter acontecido”.


Questionada pela apresentadora Mariana Godoy sobre quando o Brasil vai deixar de ser um país misógino, Damares citou os projetos “Casa da Mulher Brasileira” e concordou com a importância da educação sexual nas escolas – assunto levantado por um telespectador do programa. “O caso da Mariana aconteceu no centro urbano. Ela era uma mulher que tinha amigos, advogados e sofreu o que sofreu. Agora, imagina a mulher da região mineirinha, isolada e distante de uma delegacia? Existe um programa, o ‘Casa da Mulher Brasileira’, em que reunimos a rede de proteção da mulher em um só lugar. Em 2020, investimos 80 milhões de reais para construir novas casas. No Marajó vamos entregar uma, e uma itinerante, será um barco cor-de-rosa navegando pelo Rio Tapajós.”
 

Sobre a educação sexual, Damares concordou com a importância do assunto ser debatido na escola, com crianças. “Pode falar de sexo na escola. Não existe proibição da educação sexual na escola. Nós defendemos a educação sexual, obedecendo a especificidade de cada idade, com material próprio, educador preparando, falando de educação sexual mesmo, protegendo meninos e meninas”, concluiu.

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