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Quem é Kat Torres, apontada como caso de DiCaprio e suspeita de tráfico humano

Brasileira se mudou para os Estados Unidos para seguir a carreira de modelo. Ela acumulava milhares de seguidores nas redes sociais, quando acabou presa

Da Redação

Quem é Kat Torres, apontada como caso de DiCaprio e suspeita de tráfico humano
Reprodução

Katiuscia Torres é uma brasileira acusada de tráfico humano, e de manter pessoas em condições análogas à escravidão nos Estados Unidos. Sua história de vida não é simples, e os caminhos que a levaram à cadeia são confusos. Inclusive, em dado momento, ela foi vista com Leonardo DiCaprio e apontada como affair do ator de Hollywood.

Apesar de não confirmar o romance, ela afirmou ter feito um "pacto" com o ator sobre o assunto. "O Leo é incrível. Me preocupo com o que ele vai pensar. Temos um pacto de que nada jamais pode ser dito. Na Europa é diferente. As pessoas nos viram em muitos lugares juntos. Então não precisaram perguntar. Ele não gosta de ser fotografado. Mal consegue andar depois que as pessoas percebem que é ele", disse. 

Na época, ela trabalhava para a agência de modelos Elite Model em Paris. A notícia repercutiu em sites internacionais, como o Daily Mail. Um tempo depois, porém, ela mudou sua versão e afirmou que os dois eram apenas amigos e que frequentaram o mesmo grupo. 

Quem é Kat Torres? 

A ré, de 34 anos, nasceu no Pará, em uma família pobre e cresceu em um núcleo familiar desestabilizado, com violência. Ainda jovem, ela tentou a vida de modelo no Rio de Janeiro e conseguiu engatar uma carreira internacional. 

Kat fez trabalhos para Victoria 's Secrets, Gillette, LÓreal e outras marcas pela França e Estados Unidos, onde se estabeleceu. Segundo o seu site oficial, desativado, Kat Torres se define como modelo, comediante e atriz.

Torres também publicou um livro intitulado de "A Voz - Uma história de superação, crescimento espiritual e felicidade". Nas redes sociais, ela chegou a reunir mais de dois milhões de seguidores. Atualmente, seu perfil foi removido do Instagram.

Kat também foi eleita Miss Caieiras, município localizado na Grande São Paulo em 2012 e participou do Miss São Paulo no mesmo ano. 

Anos depois, ele atuou como coach, com planos que custavam a partir de R$ 700. As orientações, segundo a descrição, eram feitas via Skype, e partiram de hipinose e manipulação mental, segundo ela mesma, detalhe que faz parte da trama que a consagrou como uma guru espiritual das redes. 

Os anúncios do site garantem, ainda, uma guinada de vida, tendo o sucesso da coach como exemplo. "Apesar da tão pouca idade, a boa fortuna que faz em tudo é visível. Independente da profissão em que se coloca, sucesso é a palavra que predomina na vida dessa paraense, que, independente da carreira, estado emocional ou de saúde, se fez vitoriosa em tudo", diz trecho da biografia.

Kat Torres é acusada por tráfico humano 

Kat Torres foi apontada pela família de duas mulheres brasileiras como a responsável por um suposto esquema de tráfico humano. Os pais de Letícia Maia, de 21 anos, natural de Perdões, cidade do sul de Minas, afirmam que a coach coagiu a jovem.

A família procurou a Polícia Civil de Minas Gerais e denunciou o desaparecimento de Letícia, que morava nos Estados Unidos. Eles também montaram campanhas de buscas na internet. Após a repercussão das páginas, Letícia publicou vídeos nas redes sociais em que dizia estar bem e que não queria contato com a família. A jovem ainda acusou os pais de serem abusivos e de estupro.

Outra campanha realizada na internet por amigos e familiares de Desirrê Freitas Silva, de 26 anos, também cobrava informações sobre a brasileira e relacionava a falta de contato com uma possível manipulação de Kat. Desirrê também apareceu em um vídeo em que afirmava que não querer contato com a família.

A acusada até publicou um comunicado em que negava as acusações. Em sua página em uma rede social, a coach compartilhou o vídeo em que Letícia pede para não ser procurada pelos parentes.

O caso originou um boletim de ocorrência por suspeita de tráfico humano e uma campanha nas redes. Outros relatos semelhantes foram divulgados em uma página na internet e reunidos pela advogada Gladys Pacheco, que representou cerca de 15 pessoas que se apresentaram como vítimas de Kat.

Não é muito claro como Kat Torres conseguiu que as garotas concordassem com tudo, mas uma revista americana aponta que especulações públicas dizem que ela pode ter usado ayahuasca (assim como hipnotismo e manipulação) para confundir as mulheres e mantê-las subordinadas.

As denúncias dão conta de que a mulher liderava uma seita que enganava brasileiras e as recrutava para os Estados Unidos, onde eram supostamente extorquidas, mantidas em cárcere privado e obrigadas a se prostituir. 

Kat atualmente aguarda julgamento no presídio de Bangu, no Rio de Janeiro, após ser procurada internacionalmente.

Namorado de Kat Torres

O americano Zachary Menkin, de 23 anos, namorado da falsa guru espiritual, criou neste ano, uma campanha de arrecadação para angariar US$ 1.500 dólares, segundo ele, para conseguir “comer e ter um teto sobre sua cabeça”, além de “alimentar seus animais”. 

O cenário descrito na vaquinha, compartilhada por Zach em um grupo de WhatsApp fechado com seguidoras da ré, contrasta totalmente com a vida de luxo pintada pelo casal nas redes sociais, onde ambos aparecem sempre em cenários deslumbrantes, hotéis e mansões.

O MPF já soma dezenas de denúncias. Supostas vítimas já afirmaram aos investigadores, inclusive, que Zachary Menkin teria papel no esquema de exploração sexual investigado. Ele seria o responsável por levar as garotas de carro até os potenciais clientes do esquema de "sugar baby". Até hoje, a defesa de Katiuscia nega todas as acusações. Ela ainda não foi julgada e está em uma prisão provisória.

Com o intuito de desvendar os mistérios da trajetória da jovem, o podcast "A Coach", chega ao Amazon Prime Music com apresentação e criação de Chico Felitti - o responsável por "A Mulher da Casa Abandonada" e "O Ateliê".

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