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"Soul": animação da Pixar apresenta primeiro protagonista negro da história

Da Redação, com Metro Jornal

Filme conta história de  Joe Gardner, músico que morre em momento crucial da carreira Divulgação/Disney+
Divulgação/Disney+

Em um ano como 2020, em que o movimento antirracista Vidas Negras Importam se tornou global após mortes violentas como a de George Floyd, a estreia de Soul ganha contornos ainda mais significativos. A animação da Pixar, disponível na Disney+, é a primeira com um protagonista negro.

Além de contar com Pete Docter, roteirista e diretor de queridinhos como Divertida Mente e Up, o filme trazia a expectativa de construir uma obra representativa e sem clichês raciais negativos, uma demanda antiga do movimento negro.

O estúdio foi cuidadoso e montou uma equipe que desenvolveu com propriedade a história de  Joe Gardner, músico que morre em momento crucial da carreira. Docter divide a criação com o roteirista negro Kemp Powers, dono da ideia original. Ele, assim como Joe, representa outro marco: é o primeiro diretor negro da Pixar.

Um dos temores era de que o filme se concentrasse na figura de pós-vida de Joe: um fantasminha sem cor e, portanto, sem identidade racial. Mas o filme celebra a diversidade que o personagem carrega.

Apaixonado pela vida, Joe (dublado por Jamie Foxx) não se conforma em ter se despedido de forma abrupta da sua. A segunda chance na Terra vem na forma do desafio chamado 22 (voz de Tina Fey), um espírito que se recusa a encarnar, confortável em sua rotina “espiritual”.

Se conseguir transmitir sua paixão à alma teimosa, talvez Joe consiga retomar tudo de onde parou: prestes a tocar com uma diva do jazz em uma sempre esfuziante Nova York. O resultado é  um filme sensível e divertido, na medida para qualquer propósito de fim de ano.

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