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Campeão da Fórmula E pilotando o carro campeão da F1? Jake Dennis conseguiu, e não vai se esquecer

Emanuel Colombari

(Imagem: Getty Images/Red Bull Content Pool)
(Imagem: Getty Images/Red Bull Content Pool)

Quando o ano de 2023 terminou, Jake Dennis tinha motivos de sobra para celebrar. Em julho, pela Andretti, o britânico havia conquistado o título da temporada 2022/2023 da Fórmula E. Em novembro, participou pela primeira vez da programação de um Grande Prêmio da Fórmula 1 pilotando uma Red Bull.

Piloto de desenvolvimento da escuderia austríaca, Dennis foi convidado para participar do primeiro treino livre do GP de Abu Dhabi, cumprindo uma demanda da própria F1 – a categoria exige que cada equipe escale pilotos de fora do grid para pelo menos duas sessões de treinos a cada ano.

Até então, as únicas experiências de Jake Dennis com carros da Red Bull haviam sido em testes particulares em 2018. Cinco anos depois, ele foi para a pista de Yas Marina com o RB19, carro que venceu 21 das 22 corridas da F1 em 2023.

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O resultado foi discreto: com 1:27.208 na melhor das 24 voltas, o campeão da Fórmula E ficou apenas na 16ª colocação, a 1.136 do tempo de George Russell que liderou o treino com a Mercedes. Ainda assim, Jake Dennis garante que jamais vai se esquecer daquele treino livre em Abu Dhabi.

“Foi um momento muito especial receber o convite da Red Bull de pilotar um carro de Fórmula 1. Esses carros são seriamente impressionantes. Eles são muito rápidos, têm muita aderência”, afirmou Dennis em entrevista exclusiva ao Band.com.br durante a programação do E-Prix de São Paulo de 2024.

O britânico descreveu a experiência como “um grande dia, uma grande memória”. “Pilotar o carro de mais sucesso na Fórmula 1 foi um dia do qual sempre vou me lembrar. Vou levar para o túmulo”, garante.

Andretti na F1

(Imagem: @AndrettiFE/Twitter)

Mas se a experiência do campeão da Fórmula E na Fórmula 1 foi celebrada, o mesmo não pode ser dito a respeito de sua equipe. Presente na categoria elétrica desde 2014, a Andretti tentou uma vaga também no grid da F1 – foi aprovada pela FIA (Federação Internacional de Automobilismo), mas acabou barrada pela organização.

Para Jake Dennis, piloto da Andretti na F-E desde a temporada 2020/2021, “é uma pena” que a F1 abra mão de marcas tão importantes quanto a própria Andretti e a General Motors, que seria parceira técnica do time com a marca Cadillac.

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“Acho que a Andretti, como parceria global, entrando na Fórmula 1 seria muito poderosa. A infraestrutura que temos, o nome com a Chevrolet (divisão da GM) é massivo. É uma pena, para ser sincero. Sinto que merecíamos ter um lugar no paddock da Fórmula 1”, lamentou.

“As coisas são como são. Ainda estamos buscando, e espero que possamos conseguir no futuro. Neste momento, ter apenas 20 carros no grid da Fórmula 1 é uma pena. Acho que deveríamos ter pelo menos 22. Devemos continuar buscando. Do meu ponto de vista, não há nomes maiores tentando entrar na Fórmula 1 neste momento do que a Andretti e a Chevrolet”, acrescentou.

Emanuel Colombari

Emanuel Colombari é jornalista com experiência em redações desde 2006, com passagens por Gazeta Esportiva, Agora São Paulo, Terra e UOL. Já cobriu kart, Fórmula 3, GT3, Dakar, Sertões, Indy, Stock Car e Fórmula 1. Aqui, compartilha um olhar diferente sobre o que rola na F-1.