Fórmula 1

O campeão mundial sem título: Família relembra memórias de José Carlos Pace

Piloto que dá nome ao autódromo de Interlagos, morreu em 1977 sem concretizar o sonho de ser campeão mundial.

Da Redação

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José Carlos Pace sempre será lembrado como um dos grandes nomes do automobilismo nacional. Mas para família do Moco, como era chamado pelos amigos, ele sempre será o ‘Zé’, como diz a viúva, Elda Pace. Eles se conheceram muito jovens e foram casados por sete anos.

“Eu tinha 14 anos, e ele tinha 15 para 16. A paquera começou com uma ida ao cinema. Nisso ele estava com mais dois amigos, e ele começou a paquerar eu e minha prima, mas a gente não deu bola e fomos no cinema.” Mas o campeão, que estava interessado em Elda, não deu sossego para jovem que seria sua esposa anos mais tarde, e conseguiu saber o nome de Elda.

Foi o início do namoro, época que Pace dava os seus primeiros passos na carreira, que seria na maior categoria do automobilismo mundial: “Ele já andava de kart, mas tinha um DKV branco, que tinha um santantonio no carro e não tinha banco atrás”. Na ocasião, Pace teve de revelar a Elda que já corrida de automóvel.

Elda e Pace tiveram dois filhos, Patrícia Pace tem memórias doces do pai, mas faz questão de lembrar do tempo de escola quando o sobrenome histórico dentro automobilismo nacional, chamava atenção: “Cada vez que era a hora de fazer a chamada oral, os professores falavam o meu sobrenome: Mas você é filha do Pace?”

Rodrigo Pace tem poucas memorias do pai. Em 1977, ano de sua morte, Rodrigo então tinha dois anos de idade. Mas tem lembranças da importância e dos feitos do Moco nas pistas: “Quando eu perdi o meu pai, eu não tinha nem dois anos de idade. Então tudo o que vi, tudo o que eu aprendi, foi por fotos, vídeos e amigos”, disse Rodrigo.

O neto de José Carlos Pace, Raphael, além de carregar o sobrenome histórico, ainda teve a sorte de nascer no mesmo dia que o avô que não conheceu. “Tive a sorte nascer no mesmo dia, sou neto. Enfim, muito legal”, completa Raphael.

As memorias de Pace, estão eternizadas pela família, como o troféu da única vitória na carreira do piloto brasileiro, no Grande Prêmio do Brasil de 1975 e o capacete usado pelo Moco.

Elda lembra da alegria de Pace naquele 25 de janeiro de 1975, que chegou a chorar no pódio. Na ocasião, Elda já estava grávida de Patrícia, e Moco não queria que ela fosse ao pódio: “Eu lembro, eu já estava com barrigão, ele não queria que eu fosse. Mas a polícia veio, me buscou e me levou até o pódio. Ele estava tão feliz”.

Mas o grande ano da carreira de Pace seria em 1977. Pilotando pela equipe Brabham, considerado um dos melhores carros do grid e comandado por Bernie Eccleston, Moco tinha tudo para ser o grande nome daquele ano. Mas um trágico acidente de helicóptero, no dia 18 de março abreviou a carreira daquele piloto que até hoje é conhecido como o campeão mundial sem título.

Na época da tragédia, ele tinha 32 anos de idade. No mesmo acidente, morrera também o piloto Marivaldo Fernandes, amigo pessoal de Pace.

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