Fórmula 1

Do calendário à briga pelo título: equipe da Band projeta temporada 2024 da F1

Sergio Mauricio, Reginaldo Leme, Max Wilson e Felipe Giaffone opinam sobre pontos mais importantes do campeonato

Da redação

Vai começar a temporada 2024 da Fórmula 1. E se você acha que a categoria se tornou previsível, prepare-se para um ano cheio de novidades. Band.com.br e Bandplay transmitem ao vivo e de graça o GP do Bahrein 2024 da F1.

A começar pelo calendário. Ao todo, serão 24 etapas, o maior número da história da F1, superando as 22 de 2023. Um desafio novo para pilotos e equipes, que precisarão lidar com o desgaste promovido por um campeonato de duração inédita.

Mas um novo calendário demanda também uma nova configuração do calendário. Pela primeira vez, a F1 deixou mais agrupadas as provas que são próximas entre si. Assim, salvo exceções pontuais, os GPs de Oriente Médio, Oceania e Ásia acontecem praticamente juntos, assim como os das Américas.

Com este cenário, o público poderá ver alguém fazer frente a Max Verstappen?

Esta é a principal dúvida antes do campeonato de 2024. O holandês da Red Bull é favorito ao tetracampeonato, mas há rivais de olho em uma possível aproximação. Dá para brigar?

Para analisar o que a temporada 2024 da F1 reserva aos fãs, nós reunimos opiniões da equipe de transmissão da Band: Sergio Mauricio, narrador; Reginaldo Leme, comentarista; Max Wilson, comentarista; e Felipe Giaffone, comentarista. Confira opiniões:

O maior calendário da história

“Lá atrás, a gente era acostumado a ver uma Fórmula 1 que treinava sem parar. Se pegar desde Senna, Rubinho, o piloto acabava a corrida no domingo e já ia voar com o engenheiro, com algumas pessoas, e já tinha outra equipe esperando ele para treinar. Só que o treino não aparece em lugar nenhum e ninguém paga essa conta. Então, já que é para pôr o carro na pista, vamos pôr o carro na pista correndo. De tudo que se treinava no passado, eles tiveram três dias de treino só e vão para a primeira corrida. O americano pensa isso: ‘O carro é muito caro para ficar andando e ninguém vendo. Então vamos colocar eles para correr’. Depois que a Fórmula 1 foi vendida para os americanos (da Liberty), sem dúvida nenhuma a gente consegue ver o quanto ela cresceu no caminho certo. Isso aí é cansativo, é doloroso para os pilotos, para todo mundo, mas é o caminho como estão querendo”, explica Felipe Giaffone.

Calendário segmentado

“Uma coisa que melhorou muito nessa loucura de um calendário de 24 provas (...) é a coerência do calendário. Antigamente, vc tinha uma corrida no começo do ano na China e no final do ano no Japão. Agora as corridas próximas, eles estão fazendo em seguida. Agora vamos ter Bahrein e Arábia Saudita, que são vizinhos; Japão e China também, uma próxima da outra. Isso facilita um pouco não só o deslocamento e o custo; a questão do fuso horário que é complicado vc mudar 12 horas para cá, 12 horas para lá. Mesmo assim, são muitas corridas. Equipes e principalmente pilotos, como Max Verstappen, reclamam muito disso. Porque todo mundo tem uma vida, todo mundo tem uma família. As pessoas não têm nem tempo ao longo de um ano para curtir outras coisas que são importantes para todos nós. A gente trabalha, a gente gosta do que a gente faz, mas tem que ter tempo para outras coisas também”, diz Max Wilson.

Impacto da temporada nas equipes

“Os pilotos estão reclamando, os mecânicos... Algumas equipes já têm duas equipes de mecânicos, por exemplo. Uma utilizada em metade das corridas, e a outra na outra metade. Você tem que fazer um revezamento. (...) O piloto ganha aquilo que ganha, e o mecânico muitas vezes é um cidadão normal que vive na Inglaterra com a família dele, e o cara fica fora de casa o ano todo. Na época em que eu era repórter, eram 16 corridas. Teve até 17, mas eram 16 corridas. Na soma, eu ficava 100 dias por ano fora de casa”, descreve Reginaldo Leme.

Como chega a Red Bull?

“No automobilismo, se você está parado, você anda para trás. Você tem que evoluir. Então, é admirável a coragem de mudarem o conceito de um carro que, se fosse o mesmo do ano passado, provavelmente seria campeão de novo neste ano. Tiveram essa coragem e, aparentemente, foram muito bem. Max Verstappen saiu muito confiante do carro, então realmente acho que a Red Bull é a favorita”, analisou Max Wilson.

Quem pode atrapalhar a Red Bull?

“É muito mais fácil você melhorar um carro que não está muito bom do que melhorar um carro que já é muito bom. A tendência é as outras equipes se aproximarem da Red Bull. Eu acho que, dentre essas equipes, hoje, a Ferrari e a McLaren sejam talvez as duas favoritas a tirar essa diferença em relação à Red Bull, e a gente torce para isso também. Seria importante ter outros pilotos e outras equipes incomodando o Verstappen e esse gênio Adrian Newey”, acredita Max Wilson.

Equilíbrio entre as equipes

“Depois dessa pré-temporada, eu acho que a gente pode esperar uma aproximação maior do grid. Acho que, falando lá do fundo do pelotão, as equipes que não mostraram absolutamente nada foram a Haas e a Williams. Elas vêm sendo as equipes do fundo do pelotão. Aí tem aquela meiuca lá, com aquele bolo de equipes, e um pouquinho mais à frente a Ferrari – que foi dois dias mais rápida nos três dias de sessões de treino – e, atrás da Ferrari, a Mercedes. A Red Bull continua acima, a Red Bull continua com aquele projeto maravilhoso, e com certeza vai ser uma parada muito dura a aproximação das equipes até a Red Bull”, avaliou Sergio Mauricio.

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