Cacá Filippini é comunicadora e maratonista engajada em saúde, bem-estar físico, mental e esporte. Mãe de dois filhos biológicos e de dois que a vida a presenteou através de seu marido, forma uma família cheia de diferentes desafios etários, que vão da maternidade de um universitário até o dia a dia de uma criança especial. Como uma mulher REAL com muita história de superação, Cacá se divide em universos femininos ligados à maternidade, ao ser mulher 40+, aos desafios do corre diário de quem precisa equilibrar a vida e claro, das maratonas que corre pelo mundo.
Nesse feriado de Corpus Christi aconteceu a 22ª edição da Maratona Internacional do Rio. A prova , que é tida como a maior da América Latina, traz novos recordes e números bastante interessantes.
Comecemos pelos inscritos: 45 mil, sendo 81% desses corredores, não residentes no Rio de Janeiro. Também tivemos pouco mais de 50 atletas de várias partes do mundo (e de 7 países africanos) na elite, distribuídos nos 5k, 10k, 21k e 42k e com presença de brasileiros em todos, exceto na prova de 5k, que aconteceu na quinta-feira, abrindo os eventos da Maratona do Rio 2024.
Dos inscritos, de acordo com os registros, temos 38.676 concluintes, onde:
- 4.577 corredores concluíram os 5k;
- 5.684 corredores concluíram os 10k;
- 18.990 se tornaram oficialmente, meio maratonistas e;
- 9.328 maratonistas cruzaram a linha de chegada.
Ainda como quinta distância, a organização propôs o Desafio da Cidade Maravilhosa, que contemplava a conclusão da meia-maratona no sábado e mais a maratona (21k + 42k) no domingo.
Com isso, tivemos 2.057 atletas concluintes do desafio, sendo 526 mulheres e 1.531 homens.
Aliás, é válido ressaltar que a presença feminina nas provas de corrida segue em constante aumento. Dos inscritos no geral, 48% eram mulheres! E nas provas de 5k, 10k e 21k, a presença feminina foi maior, sendo:
- 58,23% nos 5km;
- 62,19% nos 10km;
- 52,56% na meia maratona.
Não é dessa edição que a organização vem fazendo alguns ajustes no percurso, seja da meia maratona ou da maratona. O objetivo principal é receber mais corredores e deixar o percurso mais rápido. Talvez por isso pudemos ver nessa edição um recorde quebrado, pelo próprio recordista.
O queniano Jospaht Kiprotich foi o grande campeão masculino e estabeleceu novo recorde próprio e da prova, fechando a maratona em 2h13min29s.
Mas essa não foi a única quebra de recorde. A meia maratonista, também do Quênia, Nelly Jepchumba entregou o prometido e mais um pouco. Subiu ao pódio em primeiro lugar, cravando um novo recorde de prova em 1h10min08s´.
E se você está se perguntando sobre os atletas brasileiros... sim, tivemos brasileiros no pódio também. Como o pódio contempla os cinco primeiros a completar a Maratona do Rio, Ederson Pereira ocupou o quarto lugar. E as brasileiras Amanda Aparecida e Andrea Ressel conquistaram o segundo e terceiro lugares, consequentemente. A etíope Betelhem Moges cruzou a linha em 2h39min53s.
A prova, que é sinônimo de muita alegria e participação massiva não só daqueles que correm, como também os que assistem, trouxe um momento um pouco polêmico nesta edição ao permitir que corredores não profissionais largassem entre os atletas de elite. Tal situação gerou um pouco de desconforto nas redes sociais e entre corredores que lá estavam. Será essa uma conduta adequada? O que será que de fato aconteceu? O Nosso Corre segue apurando ...
E dentre essas apurações, descobrimos um corredor não muito convencional. O bancário de 33 anos Bruno Macarini Carmignani. O maratonista amador se destacou dos demais, pois pelo segundo ano consecutivo não corre apena o desafio, mas também, as cinco distâncias. Sim, é isso mesmo que você leu!
Bruno correu os 5k na quinta-feira, 21k no sábado e 2 provas no domingo. Largou às 5h da manhã, e percorreu os 42k na janela de 3h30min, de modo a chegar ao ponto da largada dos 10k e se juntar a outro bonde de corredores. Dessa forma, acumulou 78.290km em 6h13minutos. Com isso, embora tenha gastado R$ 1.160,00 entre inscrições e fotos, leva pra casa cinco medalhas!