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De volta à Série D, Portuguesa fecha acordo que diminui risco de leilão do Canindé

Na Rádio Bandeirantes, presidente da Lusa explica dificuldades impostas pela pandemia e pelos erros de administrações anteriores

Da Redação, com Rádio Bandeirantes

Portuguesa voltará a jogar uma competição nacional após 4 anos
Portuguesa voltará a jogar uma competição nacional após 4 anos
Dorival Rosa/Portuguesa/Divulgação

Presidente da Portuguesa, Antônio Carlos Castanheira relatou que o clube paulistano ainda segue em momento financeiro delicado agravado pela pandemia, que se soma às consequências do “caso Héverton”, que culminou na queda da Lusa do Brasileirão de 2013 e iniciou uma derrocada nos campos, com rebaixamentos sucessivos. Mas vislumbra melhoras após o fechamento de acordos recentes para iniciar o pagamento de dívidas.

“Anos e anos de desleixos sobre as condições administrativas e financeiras da Portuguesa. Principalmente depois do caso Héverton. Isso é fruto de péssimas administrações que não souberam conduzir de forma digna as contas da Portuguesa”, afirmou Castanheira, que conversou com Milton Neves no Domingo Esportivo, da Rádio Bandeirantes. Ouça a íntegra abaixo:

O dirigente, que assumiu a Lusa há um ano e meio, explicou que a as restrições causadas pela pandemia tiraram as receitas de aluguel do Canindé para eventos, já que as dependências do clube eram muito solicitadas para festas em São Paulo. Nesse cenário, a Portuguesa ainda tenta quitar dívidas trabalhistas do passado. Castanheira destaca que o departamento jurídico homologou um acordo recente para sanar alguns dos débitos, o que que alivia a pressão sobre o patrimônio do clube. 

“Esse acordo, no espaço de dois anos e meio, nós esperamos quitar mais de 170 ações menores. Porque as grandes estavam asfixiando a Portuguesa, bloqueando receitas do caixa e, inclusive, levando o Canindé a leilão. Então, foi um marco”, explicou o presidente, dizendo que a iniciativa deve virar um case de sucesso para outros clubes com dívidas tentarem pagar o que devem. 

Agora, o clube busca resolver as ações cíveis. Castanheira diz que o risco de leilão do Estádio do Canindé é bem menor após este primeiro acordo. Ele projeta a resolução destas ações até o início de 2022. 

Castanheira acredita que o time rubro-verde vai voltar a figurar entre os times da elite no Brasileirão, mas reconhece que o processo de retomada ainda deve levar algum tempo e pede paciência à torcida.  

O clube retornou recentemente à Série D do Campeonato Brasileiro, após quatro anos ausente de torneios nacionais, com o título da Copa Paulista 2020. Porém, no Paulistão, a Lusa ainda segue na segunda divisão após eliminação para o Água Santa, no mata-mata da A2. 

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