11 de setembro: Sobrevivente trabalhava na torre quando viu "bola de fogo gigante"

Administradora estava no 4º andar do World Trade Center 4, edifício anexo à Torre 2, atingida pelo ataque

da Redação com BandNews TV

A administradora Stephanie Habrich nunca se esqueceu dos detalhes dos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos. No momento em que os primeiros aviões acertaram o World Trade Center, ela trabalhava em uma das torres do edifício. A única coisa que conseguiu ver através das janelas, naquele momento, foi uma imensa bola de fogo. 

“Eu estava trabalhando dentro das torres, no 4º andar do WTC 4. Fui mais cedo naquele dia, precisava terminar algumas coisas, e era uma das únicas no meu andar. Eu ficava numa mesa que dava de costas para a janela. De repente, ouço um estrondo enorme, sinto a janela vibrar e muito calor. Quando olho para trás, tinha uma bola de fogo gigantesca”, contou a alemã que morou desde a infância no Brasil à BandNews TV. 

Vídeo: EUA homenageiam vítimas dos ataques de 11 de setembro

Mesmo com a imagem assustadora, as testemunhas não tinham noção da gravidade daquele evento e achavam que poderia ter sido apenas uma batida acidental de um avião de acrobacias. 

“Na adrenalina, você não pensa em nada. As pessoas só falavam em descer pelas escadas. Deixei tudo, bolsa, celular e saí correndo. Lá embaixo encontrei mais pessoas, todos achavam que eram algum avião de acrobacia que tinha errado. Sentamos na calçada e ficamos conversando. 'Vida que segue, vamos esperar os bombeiros'. Não era nada alarmante”, explicou a administradora. 

Aos poucos, o pânico foi tomando conta do ambiente. Polícia e bombeiros orientaram todos a se afastarem e notícias confusas sobre possíveis ataques começaram a surgir.

“Eu ouvi alguns barulhos que nunca tinha ouvido antes. Era seco, muito forte. Até que a pessoa do meu lado disse ‘as pessoas estão se jogando das torres, o barulho é de quando os corpos caem no chão’. Olhei e vi de longe as pessoas nas janelas. Falei ‘não posso ficar aqui’ e andei a caminho do metrô."

Os orelhões estavam com filas e as linhas de transmissão dos celulares não funcionavam devido à grande demanda, então Stephanie resolveu voltar para o apartamento em que morava. 

“Fui até meu prédio, sem chave nem nada, e entrei no vizinho para ligar para os meus pais. Já tinha passado 3 horas. Eles estavam há 3 horas sem notícias minhas e sabiam que eu trabalhava lá. Demorei muito para entender o que havia acontecido. Para cair a ficha foi muito tempo.”

Neste sábado (11), data que marca os 20 anos do evento, os Estados Unidos são tomados por lembranças e homenagens às vítimas dos atentados. A BandNews TV acompanha todas as cerimônias ao vivo com tradução simultânea.

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