A prefeitura de Araraquara, no interior de São Paulo, vai novamente decretar lockdown por causa do aumento de casos da Covid-19. As informações são da Ana Paula Rodrigues, da Rádio Bandeirantes. 

A cidade, a 277 km da capital paulista foi a primeira a adotar medidas radicais para manter a população em casa ainda em fevereiro.

A ação reduziu a média móvel de casos a menos da metade, mas há algumas semanas as infecções voltaram a subir e atingiram os patamares considerados de alerta para um novo colapso do sistema de saúde.

Ao divulgar a necessidade das medidas, a secretária de Saúde de Araraquara, Eliane Honain, afirmou que os leitos dos hospitais já estão lotados e pediu calma à população.

“Araraquara completa o terceiro dia consecutivo de testagens de sintomáticos e assintomáticos ultrapassando 20%. Cumprindo decreto pactuado com a sociedade terá que decretar lockdown, pedindo calma a todas as pessoas”, disse a secretária. 

Eliane ainda falou o lockdown necessário porque os leitos de UTIs, principalmente nas unidades públicas, mas também na rede privada estão lotados. 

As regras para o funcionamento de Araraquara devem ser divulgadas ainda hoje, após uma reunião entre a equipe de saúde e o prefeito Edinho Silva. 

Situação em outros municípios de SP

Mais cidades do interior passam pelo mesmo momento da pandemia. Uma delas é São José do Rio Preto, que entra de hoje, quinta-feira, até 2 de julho em um lockdown noturno.

Depois das 18h, todo o comércio, inclusive restaurantes, deve fechar, até às 6 da manhã; entrega de alimentos apenas por delivery; bebidas alcóolicas não podem ser vendidas nesse horário e nem aos fins de semana; e os ônibus param de rodar entre 20h da noite e 5 da manhã.

O prefeito Edinho Araújo explica que as focam no combate às aglomerações e que a cidade chegou ao limite da capacidade de abertura de novos leitos nos hospitais.

“Durante a pandemia abrimos mais de 250 leitos, mas agora sequer há profissionais disponíveis para abrirmos novos leitos. Optamos desta vez por um lockdown noturno. Hoje segundo nosso Comitê de Saúde a alta de transmissão do vírus se dá pelas aglomerações em bares, comemorações e pelas incontáveis festas clandestinas”, disse Araújo. 

A prefeitura de Bragança Paulista também determinou regras excepcionais por causa da lotação dos hospitais, que estavam com 100% de ocupação, até o dia 30 de junho.

Bares e restaurantes não abrem aos fins de semana e a venda de bebidas alcóolicas está proibida neste mesmo período, inclusive em supermercados, que tiveram a capacidade de atendimento reduzida a 40%.

O aluguel de casas e chácaras está proibido e o transporte público terá a frota ampliada nos horários de pico.