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Ataques do “Novo Cangaço” não podem ser prevenidos, diz analista

Ataques do “Novo Cangaço” não podem ser prevenidos, diz analista

Da Redação com Rádio Bandeirantes

Ataques são registrados em Criciúma Reprodução
Reprodução

Nos últimos dias, bancos de duas cidades brasileiras, Criciúma (SC) e Cametá (PA), foram alvos de bandidos. A ação violenta, com armamento pesado e até reféns, chamou a atenção do país quanto à vulnerabilidade da Segurança Pública em relação ao chamado “Novo Cangaço”. O tema foi destaque no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, neste sábado, 05.

Para Guaracy Mingardy, analista criminal e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), os ataques a bancos no Brasil não podem ser prevenidos porque não existem policiais nem serviço de inteligência suficientes contra a ação dos criminosos. Em relação à frequência dos atentados, ele destaca que os bandidos aprendem uns com os outros e que só reproduzem aquilo que funciona. Neste caso, o roubo a bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.

“O Banco do Brasil está no Brasil inteiro. Existem cidades pequenas que só têm o Banco do Brasil. Então, tudo é movimentado por ali, com bastante dinheiro, apesar da cidade ser pequena. É uma escolha [de roubo] razoavelmente lógica”, explicou o analista. “Em casos específicos, a agência do Banco do Brasil está pagando muita coisa, tem muito dinheiro, em uma cidade relativamente pequena”, pontuou, quando perguntado sobre a influência do auxílio emergencial nessas agências.

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O modus operandi das quadrilhas datam de 15 anos no interior do Nordeste. Nas regiões Sul e Sudeste, a prática é mais recente, iniciada há cerca de cinco anos, segundo explicou Guaracy. Na entrevista à Rádio Bandeirantes, ele pontuou o que pode ser feito para coibir esses crimes.

“Se você fizer uma boa investigação e chegar aos autores, dissuade-se os próximos a fazerem isso. Foi o que aconteceu há 20 anos, quando tínhamos uma onda tremenda de sequestro no país. Temos que forçarmos a Polícia Civil de todo país a investigar, da mesma forma que a Polícia Federal também deveria entrar nisso, pois não é um crime local. Acontece no Brasil inteiro”, finalizou Guaracy.

Ouça a entrevista na íntegra!

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