![Ataques são registrados em Criciúma Reprodução](https://pubimg.band.uol.com.br/files/bd1c6c27ea5fd15d511a.jpg)
Nos últimos dias, bancos de duas cidades brasileiras, Criciúma (SC) e Cametá (PA), foram alvos de bandidos. A ação violenta, com armamento pesado e até reféns, chamou a atenção do país quanto à vulnerabilidade da Segurança Pública em relação ao chamado “Novo Cangaço”. O tema foi destaque no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, neste sábado, 05.
Para Guaracy Mingardy, analista criminal e doutor em Ciência Política pela Universidade de São Paulo (USP), os ataques a bancos no Brasil não podem ser prevenidos porque não existem policiais nem serviço de inteligência suficientes contra a ação dos criminosos. Em relação à frequência dos atentados, ele destaca que os bandidos aprendem uns com os outros e que só reproduzem aquilo que funciona. Neste caso, o roubo a bancos estatais, como a Caixa Econômica Federal e Banco do Brasil.
“O Banco do Brasil está no Brasil inteiro. Existem cidades pequenas que só têm o Banco do Brasil. Então, tudo é movimentado por ali, com bastante dinheiro, apesar da cidade ser pequena. É uma escolha [de roubo] razoavelmente lógica”, explicou o analista. “Em casos específicos, a agência do Banco do Brasil está pagando muita coisa, tem muito dinheiro, em uma cidade relativamente pequena”, pontuou, quando perguntado sobre a influência do auxílio emergencial nessas agências.
Leia mais:
O modus operandi das quadrilhas datam de 15 anos no interior do Nordeste. Nas regiões Sul e Sudeste, a prática é mais recente, iniciada há cerca de cinco anos, segundo explicou Guaracy. Na entrevista à Rádio Bandeirantes, ele pontuou o que pode ser feito para coibir esses crimes.
“Se você fizer uma boa investigação e chegar aos autores, dissuade-se os próximos a fazerem isso. Foi o que aconteceu há 20 anos, quando tínhamos uma onda tremenda de sequestro no país. Temos que forçarmos a Polícia Civil de todo país a investigar, da mesma forma que a Polícia Federal também deveria entrar nisso, pois não é um crime local. Acontece no Brasil inteiro”, finalizou Guaracy.
Ouça a entrevista na íntegra!