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Sócio da boate Kiss chora em julgamento: “Querem me prender? Me prendam”

Sócio da boate diz que não sabia que a banda usaria o artefato pirotécnico que causou incêndio

Da Redação, com Band Notícias

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Elissandro Spohr, sócio proprietário da Boate Kiss, falou no julgamento da tragédia, nesta quarta-feira (8), em Porto Alegre. Ele respondeu somente ao juiz Orlando Faccini Netto e ao advogado Jader Marques. E ficou alterado durante o depoimento.

“Perdi um monte de amigos. Não sei o que fazer. Querem me prender. Eu sei que morreu gente, eu tava lá. Sei que vocês me odeiam. Querem me prender? Me prendam. Eu to cansado”, desabafou ele, chorando.

Elissandro disse que foi um engenheiro que recomendou o uso de espumas para isolamento acústico. E também afirmou que não sabia que a banda Gurizada Fandangueira usaria o artefato pirotécnico que causou incêndio, matando 242 pessoas.

Os demais réus serão ouvidos nesta quinta-feira (09). O Juiz sorteou a ordem de depoimento: Luciano Bonilha Leão, Mauro Londero Hoffmann e Marcelo de Jesus dos Santos.

Último depoimento de testemunha teve protesto

Mais cedo, o ex-prefeito de Santa Maria Cezar Schirmer teve uma manifestação curta. Ele criticou o inquérito da Polícia Civil que indicou 28 pessoas como responsáveis pelo incêndio que vitimou 242 pessoas.

Segundo Schirmer, o inquérito é incoerente e é notável a má vontade da Polícia. A recomendação da Polícia Civil para processo judicial contra ele foi arquivada.

O ex-prefeito garantiu que a Kiss foi multada diversas vezes ao longo de sua trajetória e disse que nenhum funcionário da prefeitura contribuiu para o incêndio. 

No momento dessa fala, todos os familiares das vítimas da Kiss que acompanhavam a sessão saíram do plenário como protesto.

Também prestou depoimento o Promotor de Justiça em Santa Maria, Ricardo Lozza. Ele fez uma longa explicação sobre a questão ambiental e poder de polícia.

O promotor ressaltou que o MP fiscalizou dentro da sua atribuição e que o órgão não tinha poderes de fechar a boate.

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