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"EUA não entrarão em confronto com a Rússia na Ucrânia", diz Biden

Presidente americano destacou que a Rússia "não poderá negociar nem em dólares, nem em euros, nem em iene"

Narley Resende

O presidente americano, Joe Biden, afirmou nesta quinta-feira (24), em pronunciamento, que os Estados Unidos não entrarão em confronto armado com a Rússia em território ucraniano.  

No entanto, anunciou a ampliação das sanções ao mercado financeiro russo e que irá reforçar a presença americana em países do Leste Europeu que integram a Otan (Organização do Tratado do Atlântico Norte).  

“Vou reafirmar: nossas forças não entrarão em conflito com a Rússia na Ucrânia. As nossas tropas vão para a Europa para proteger o território da Otan. Estamos unidos e determinados. Não há dúvida de que os EUA estarão lá para cumprir os compromissos. O ataque em um (da Otan) é o ataque em todos. Estamos colocando tropas no Leste Europeu. Nossos aliados também aumentam seus esforços para que tenhamos uma ação conjunta”, disse.  

Biden disse que autorizou reforço no envio de tropas americanas para ajudar na defesa aérea, principalmente na região leste da Europa. 

O presidente da Rússia, Vladimir Putin, ordenou nesta madrugada um ataque contra a Ucrânia que começou por cidades fora das áreas separatistas do Donbass, mas que se estenderam por todo o País, incluindo a capital Kiev. Biden disse que Putin quer “restabelecer a União Soviética”. 

EUA ampliam sanções contra Rússia 

Joe Biden anunciou restrições de transações do governo russo em moedas estrangeiras e bloqueios aos ativos dos quatro grandes bancos russos, incluindo o VTB, que é a segunda maior instituição financeira russa.

Os bancos russos, segundo ele, não poderão mais fazer negócios com empresas americanas e terão seu patrimônio nos EUA congelado. As quatro instituições somam, juntas, US$ 1 trilhão em ativos. Ele destacou que a Rússia "não poderá negociar nem em dólares, libras, nem em euros, nem em iene".  

Biden anuncia restrições ao comércio, a transações financeiras e congelamento de bens de bancos russos, no valor de U$ 515 bilhões. "É a maior sanção econômica já vista na história", diz.

Ao anunciar as medidas, o líder americano fez ataques ao presidente russo. “Ele (Putin) e seu país arcarão com as consequências. Estou imponto sanções, limitações de exportações, com consequências econômicas para agora e para o futuro”, sentenciou.  

O governo dos EUA passou semanas alertando que a Rússia pretendia invadir o país vizinho.

Biden disse que as sanções econômicas “levam tempo para surtir efeito", mas que são severas e irreversíveis. 

“Conversei com líderes do G7 e estamos em um consenso absoluto. Vamos limitar a capacidade da Rússia de participar da economia global”, pontuou o democrata.  

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