A viúva do barqueiro Adolfo Souza Duarte, que desapareceu na Represa Billings, em São Paulo, no início do mês, desabafou em entrevista ao Boa Tarde, São Paulo desta quinta-feira (25). O relato acontece depois da prisão dos quatro turistas que estavam com ele no dia do desaparecimento.
“Eu preferiria que fosse um acidente. Pelo menos para poder justificar a dor da gente porque ele não merecia ter passado pela mão de uma pessoa que não conhecia a história dele”, desabafou Uiara Duarte, viúva do barqueiro.
O barqueiro levou os dois casais para passearem na Represa Billings no dia 1º de agosto. Depois disso, ele não foi mais visto. O corpo só foi encontrado cinco dias depois.
Os mandados de prisão foram emitidos depois que a perícia concluiu que Adolfo morreu por asfixia mecânica, e não por afogamento, conforme alegou o grupo que estava no barco. A vítima coordenava ONG de defesa do meio ambiente.
Os suspeitos disseram que Adolfo caiu na água, depois que a embarcação sofreu um balanço forte. A família, porém, questionou a versão. O caso, inicialmente tratado como acidente, agora deve ser investigado como homicídio doloso, quando há intenção de matar.
“Eu acredito muito na justiça. Primeiro, na justiça de Deus. Segundo, o pessoal da investigação tem feito um bom trabalho”, concluiu a viúva de Adolfo.