A ONG Me Too Brasil informou que 64 mulheres procuraram a entidade para relatarem assédios cometidos pelo juiz do trabalho Marcos Scalercio em São Paulo. Assim que o caso veio à tona, o Boa Tarde, São Paulo noticiou 10 denúncias.
Os casos teriam acontecido entre no fórum da Justiça do Trabalho onde atua e no cursinho preparatório em que dava aula.
As denúncias foram acolhidas pela ONG Me Too Brasil, que atua em defesa de vítimas de violência sexual, inclusive com a oferta de assistência jurídica gratuita. Inicialmente, três das mulheres procuraram a organização para seguirem com os processos.
A ONG, além de investigações policiais, quer a reabertura do caso do Tribunal Regional do Trabalho da 3ª Região (TRT) e apuração rigorosa do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
O TRT da 3ª Região afirmou que os casos relatos foram apurados pela Corregedoria Regional e, por falta de provas, houve o arquivamento das reclamações. O tribunal também informou que Scalercio pediu licença.
O CNJ e o TRF da 3ª Região afirmam que os casos relatados seguem em sigilo e, por isso, não podem se pronunciar. O cursinho onde Scalercio deva aulas informou que o juiz foi demitido das atividades escolares e que não sabia dos abusos.
A defesa do juiz disse que o TRT da 3ª Região já havia arquivado o caso por falta de probas e que, até então, não houve fatos novos para justificar a reabertura do caso.
