Um protesto foi promovido nesta quinta-feira (19), por integrantes do movimento negro e outros, pede a cassação e prisão do vereador Camilo Cristófaro (sem partido), após fala racista em sessão remota da Câmara Municipal de São Paulo.
Com cartazes e frases como "lugar de racista é na cadeia, não na Câmara", os grupos pedem a cassação do parlamentar. Manifestantes se reuniram em frente ao parlamento municipal, no Centro da capital paulista.
A Polícia Civil de São Paulo concluiu um inquérito em que o vereador Camilo Cristófaro é acusado de injúria racial contra a presidente da Associação dos Recicladores do Parque do Gato (Arpaga).
No dia 3 de maio, o parlamentar foi flagrado usando uma frase racista no Plenário da Casa, durante participação online na sessão da CPI dos Aplicativos. “Varrendo com água na calçada... é coisa de preto, né?”, disse em áudio vazado.
Na investigação, a enfermeira Dilza Maria Pereira da Silva acusava Cristófaro de xingá-la, aos berros, de "Negra safada e além de negra safada era uma negra ladra sem poder nenhum de voz (sic)” durante um evento no Conjunto Residencial Parque do Gato, na região central da cidade.
Em depoimento à polícia, Cristófaro reconheceu que esteve na comunidade do Bom Retiro na época, mas negou que conheça a mulher que o acusa de injúria.
Em outra ocasião, em 2019, Cristófaro foi acusado de racismo por chamar o vereador Fernando Holiday (Novo) de “macaco de auditório”, também em plenário. Na época, o caso foi denunciado à Corregedoria.