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50 mil pacientes sofrem por falta de remédios para câncer no estado de SP

Secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn foi entrevistado nesta quarta-feira (23) no Bora SP e explicou a situação

Por Lucas Jozino

Pelo menos 50 mil pacientes com câncer estão sofrendo desde novembro com a falta de quatro medicamentos de alto custo no Estado de São Paulo. À Rádio Bandeirantes, o secretário estadual da Saúde, Jean Gorinchteyn, admitiu o problema e afirmou que a responsabilidade pelo fornecimento é do Ministério da Saúde. 

Segundo ele, a compra custaria R$ 200 milhões por ano e não havia dinheiro previsto para isso no orçamento do Estado. Após o caso ser revelado pela Rádio Bandeirantes, o Ministério da Saúde enviou ontem uma parte dos medicamentos e, de acordo com o secretário, a distribuição será feita ainda hoje.

Vídeo: pacientes com câncer sofrem com falta de medicamentos

Em entrevista no Bora SP desta quarta-feira (23), Gorinchteyn explicou a situação e como funciona a compra dos medicamentos. “Infelizmente muito triste essa realidade. Nós já estamos com defasagem de entrega do Ministério da Saúde em relação a medicamentos de alto custo, que é de competência dele. Ele que faz a compra e faz a todas as atas de compra para o Brasil, não dando a possibilidade para os estados poderem fazer essa compra especificamente”, disse.

O secretário ainda contou que são nove medicamentos para câncer que não estavam sendo enviadas há pelo menos dois meses e meio, dessa duas foram enviadas no final da tarde de ontem. 

“Hoje nós já estamos distribuindo. São 70 centros de distribuição oncológica no estado. Ontem já saíram caminhões para parte do estado e outros serão distribuídos agora pela manhã para que nós estejamos reabastecendo o mais rápido possível”, disse. 

Gorinchteyn ainda explicou que o estado não pode usar a verba que tem para a compra desse tipo de medicamento. “O governo do estado de SP não pode efetivar essas compras para que ele não seja incriminado por uma Lei de Responsabilidade Fiscal porque nós usamos esses valores para determinados medicamentos. Nós não podemos comprar outros medicamentos e desabastecer aqueles”, afirmou. 

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