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Caso Henry: Monique Medeiros pode voltar a ser presa

A Justiça do Rio de Janeiro já recebeu o recurso do Ministério Público contra a soltura de Monique Medeiros

Por Marcus Sadok

O Ministério Público diz que Monique Medeiros descumpriu medida cautelar e pede retorno dela à prisão. A Justiça do Rio de Janeiro já recebeu o recurso do MP contra a soltura.

A professora, que responde pela morte do filho, o menino Henry Borel, de 4 anos, está em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica. Segundo o MP, Monique posou para uma foto que foi postada na internet, o que pode caracterizar descumprimento de uma das medidas cautelares. 

Além de não poder usar as redes sociais, ela só pode conversar com parentes e advogados e deve ficar em um endereço diferente da casa onde morava com o ex-vereador Jairo.

A mãe de Henry deixou o complexo de Gericinó no último dia 5 de abril após decisão da Segunda Vara Criminal do Rio de Janeiro pela sua soltura após conversão da prisão preventiva pela domiciliar. Já o ex-vereador Jairo Santos Souza, o Jairinho, padrasto e principal suspeito pela morte do menino, em março de 2021, continua preso no Rio.

Caso Henry

O ex-vereador Jairinho é reu por homicídio triplamente qualificado e tortura, além de coação de testemunhas, pela morte de Henry Borel, de 4 anos, em 8 de março de 2021, em seu apartamento na Barra da Tijuca, no Rio. Já a mãe de Henry, Monique Medeiros, foi denunciada por homicídio, tortura omissiva, falsidade ideológica e coação de testemunha. 

Jairinho também é acusado de agressão e tortura em outros dois casos: a tortura da filha de uma ex-namorada, entre 2010 e 2013, além do caso de agressões contra o filho de ex-namorada Débora de Mello Saraiva, que teriam sido cometidas entre 2015 e 2016.

Especialistas que acompanharam o caso e tiveram acesso aos laudos periciais acreditam -- com base na descoloração das marcas no corpo do garoto -- que Henry pode ter morrido no fim da noite de 7 de março, e que o corpo pode ter ficado no apartamento por quase cinco horas antes de Monique e Jairinho levarem o menino ao hospital, por volta das 4h.

Com o desenrolar do caso, Jairinho teve o mandato cassado como vereador do Rio em 30 de junho. Ele foi o primeiro parlamentar da história da Câmara de Vereadores fluminense e perder o cargo.

Relembre aqui a cronologia de como foi o caso Henry Borel.

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